Após uma série de reuniões com o Presidente Lula e ministros, o vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou medidas para segurar a inflação dos alimentos. A principal delas é zerar o Imposto de Importação de nove produtos. O anúncio ocorreu na noite dessa quinta (7), em Brasília.
De acordo com Alckmin, a redução de tarifas entra em vigor nos próximos dias. Isso porque ainda depende de aprovação da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Para o vice-presidente, a medida não prejudicará os produtores nacionais, apesar da concorrência com o alimento importado.
“Nós entendemos que não vai prejudicar. Você tem períodos de preços mais altos, mais baixos. Nós estamos em um período em que reduzir o imposto ajuda a reduzir preços. Você está complementando. Não vai prejudicar o produtor, mas beneficiar os consumidores”.
OUTRAS MEDIDAS
Além da redução das tarifas, Alckmin anunciou o fortalecimento dos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em fevereiro a companhia havia pedido R$ 737 milhões para reconstituir os estoques de alimentos desmantelados nos últimos anos.
Alckmin também anunciou a prioridade para os alimentos da cesta básica no próximo Plano Safra. Conforme o vice-presidente, os financiamentos subsidiados deverão se concentrar na produção de itens que compõem a cesta básica. Dessa forma aumenta o estímulo a produtores rurais que produzam para o mercado interno.
A última medida anunciada por Alckmin foi a aceleração do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA). Esse sistema descentraliza as inspeções sanitárias, permitindo que estados e municípios façam o trabalho. De acordo com Alckimin, o governo pretende aumentar o número de registro no sistema de 1.550 para 3 mil. Essa medida vai permitir que produtos como leite, mel, ovos e carnes sejam liberados mais rapidamente para venda em todo o país.
Os alimentos que terão os tributos zerados são:
Azeite: (hoje 9%)
Milho: (hoje 7,2%)
Óleo de girassol: (hoje até 9%)
Sardinha: (hoje 32%)
Biscoitos: (hoje 16,2%)
Massas alimentícias (macarrão): (hoje 14,4%)
Café: (hoje 9%)
Carnes: (hoje até 10,8%)
Açúcar: (hoje até 14%)
(*Com Agência Brasil)
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