22/08/2023
Cotidiano

GRIPE A (H1N1): 5ª Regional de Saúde afirma que não há casos

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Guarapuava – Embora exames sejam enviados ao Lacen todos os dias, órgão garante que, por enquanto, não há confirmações da nova gripe

Por Daiane Celso

Apesar de contrariar a ânsia de muitos leitores que, revoltosos, estão enchendo nossas caixas de e-mail não acreditando nas informações divulgadas pela imprensa de Guarapuava de que não há casos confirmados da Gripa A (H1N1), repito: oficialmente não temos confirmação de nenhum caso.
Até o dia de fechamento desta edição, quinta-feira (6), os órgãos de saúde da cidade ressaltaram que não há casos confirmados, apenas continuam os suspeitos e monitorados. A determinação da Secretaria Estadual de Saúde (SESA) é que suas regionais não passem informações. Segundo o diretor da 5ª Regional de Saúde (que abrange 20 municípios), Severino Dourado (foto), a orientação é que as informações sejam obtidas no portal do governo.
Na reportagem da última edição divulgamos 11 casos suspeitos que aguardavam a chegada dos exames. Segundo Dourado, os resultados desses exames deram negativos. “Felizmente até o momento não temos nenhum caso confirmado em Guarapuava e região, e esperamos que continue assim. Mas todo dia estamos enviando a Curitiba novos exames. Ontem (quarta, dia 5) enviamos cinco exames, e todo dia tem sido assim. Os pacientes que estão sendo internados têm a coleta do exame realizada. Temos uma enfermeira da Vigilância Epidemiológica que está fazendo o acompanhamento e monitoramento dessas pessoas”, observa.
Só na terça-feira (4) foram confirmadas 21 novas mortes ocasionadas pela gripe A (H1N1) no Paraná, de acordo com a SESA. Para o diretor da 5ª Regional de Saúde, o grande número em apenas um dia deve ser resultado da demanda reprimida. “Muitos exames têm chegado agora com a realização pelo Laboratório Central. A nosso ver, esses exames estavam represados, eram daqueles casos mais graves que estavam internados, que tinham insuficiência respiratória e precisavam de UTI, então era de se esperar que ocorresse esse aumento, porque o laboratório está dando preferência para essa demanda reprimida e para casos mais evidentes de ser o vírus H1N1”, diz. Hoje, o diagnóstico através do exame, agora feito pelo Lacen, tem demorado entre 48 a 72 horas.
Tamiflu
O Ministério da Saúde adotou uma mudança no protocolo para o tratamento de pacientes com gripe suína a acabou flexibilizando a recomendação do medicamento Tamiflu – indicado para o tratamento da gripe A (H1N1) – para pacientes que não se enquadram nos casos considerados ‘de risco’.
No entanto, a realidade tem sido outra. A verdade é que não há medicamento suficiente para todas as pessoas que vierem a apresentar os sintomas e a recomendação é sempre para que o remédio seja ministrado nas primeiras 48 horas após o aparecimento dos sintomas, quando o efeito é maior.
“Existe um certo número desse medicamento que é distribuído para os estados, realmente houve uma flexibilização dessa medicação, mas não sei até quando isso vai continuar ou se vai votar só para os casos com necessidade de internamento. Têm médicos que estão prescrevendo e os casos que chegam até a 5ª Regional de Saúde nós temos que flexibilizar a medicação”, diz Severino.
Segundo ele, por enquanto os hospitais de Guarapuava e região estão dando conta da demanda para os internamentos dos casos suspeitos. “No momento, a Secretaria Estadual de Saúde está nos alertando e temos entrado em contato com os hospitais e, até o momento, temos condições de atendimento. Se aumentar a demanda a Secretaria vai procurar outra alternativa, como suspensão de cirurgias eletivas, que possam ser feitas daqui a algum tempo”, completa.
O governo federal adiantou que irá reforçar a assistência à saúde aos pacientes com a nova gripe no Paraná, através de parceria com o governo do estado. Entre as 15 novas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), uma será em Guarapuava, de acordo com a lista repassada pela SESA.
As Unidades de Pronto Atendimento – UPA 24h são estruturas de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde e as portas de urgência hospitalares, onde em conjunto com estas compõe uma rede organizada de Atenção às Urgências.

Cristina Esteche

Jornalista

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