Com o mote “Na luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda, já!”, a 27ª edição do Grito dos Excluídos reuniu representantes de movimentos sociais, de trabalhadores e da juventude. Dessa maneira, os manifestantes saíram em caminhada da Praça da Sé, por volta das 12h, em direção ao Vale do Anhangabaú, Região central da cidade, ponto final do protesto.
Este ato ocorre anualmente, paralelamente ao desfile cívico-militar do 7 de Setembro em diversas cidades do país. Desse modo, em 2021, assim como no ano passado, não houve desfile, por causa da pandemia de covid-19. Assim, todos os anos, a escolha do lema da mobilização popular dialoga com o tema da Campanha da Fraternidade, da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). E ainda com a conjuntura política, social e econômica do país e com os temas defendidos pelos movimentos sociais.
Além disso, entre as reivindicações históricas dessas entidades, estão ainda o direito à saúde pública de qualidade e a valorização do Sistema Único de Saúde (SUS); à moradia, à alimentação, ao trabalho, à liberdade de expressão e à democracia.
MANIFESTAÇÃO
No local, os manifestantes carregavam faixas e cartazes das entidades e partidos que participam do ato. Tais faixas tinham mensagens relacionadas ao mote do ato. Além disso, pediam a saída do presidente Jair Bolsonaro. Durante a caminhada, houve discursos em carro de som reforçando a luta por direitos e contra a desigualdade, além de pedido de reconhecimento da população negra e indígena. Assim, a Coalizão Negra por Direitos também participou do ato.
Desse modo, o padre José Alfredo Gonçalves, vice-presidente do Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM), entidade que integra a Coordenação Nacional do Grito dos Excluídos falou sobre patriotismo. “No Dia da Independência, ao invés do patriotismo passivo das arquibancadas, por todo país muitas pessoas saem de casa para participar do Grito por um patriotismo vivo e ativo. O objetivo é fazer desfilar pelas ruas, à plena luz do dia, um Brasil que muitos brasileiros não querem conhecer. Denunciar, ademais, os mandos e desmandos de um governo turbulento e indiferente aos males que se abatem sobre os ombros dos próprios cidadãos”.
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