Se São Francisco, nos Estados Unidos, é conhecido por ter o Vale do Silício, o maior polo de inovação do mundo, Guarapuava quer ser a sede do Vale do Genoma. O embrião para esse projeto que promete ser o primeiro do mundo, está sendo gerado no bairro planejado ‘Cidade dos Lagos’. É nesse local, que nasceu para ser uma ‘smart city’, que está localizado o Cilla Tech Park. Berço de inovação tecnológica, com foco no desenvolvimento social o Centro de Tecnologia e Inovação já coloca Guarapuava como polo estadual nesse setor.
De acordo com o presidente do Ipec e coordenador do curso de medicina da Unicentro, o médico David Livingstone A. Figueiredo, Guarapuava é o berço da Rede Paranaense de Pesquisa Genômica. Assim, o programa é inédito no Brasil por englobar várias instituições estaduais.
Conforme o médico, a cadeia de pesquisadores foi lançada pela Fundação Araucária e Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Conforme David Livingstone Figueiredo, o objetivo é avançar no desenvolvimento de metodologias aplicadas ao diagnóstico e prevenção de doenças de base genética.
‘HUB’ DE GENÔMICA
Assim, o projeto evoluiu e ganha novas parcerias também internacionais.
Estamos construindo aqui um ‘hub’ de genômica e inteligência artificial, nos moldes do Vale do Silício. Será o primeiro no mundo.
Conforme o médico, trata-se de um centro de pesquisas de aplicação, de empresas e ‘startups’. O Instituto para Pesquisa do Câncer (IPEC) e o Cilla Tech Park formam a base para o trabalho.
Entretanto, para fazer parte dessa concepção, o diretor de Inovação e Pesquisa da Jacto, Tsen Chung, esteve em reunião em Guarapuava na última semana. Conforme David, a Jacto está junto na construção desse projeto. Os trabalhos começarão no primeiro trimestre de 2021. “Neste momento estamos construindo normativas e atraindo empresas. Vamos atuar além da áreas da saúde, agricultura, pecuária e alimento”.
“PROPOSTA INÉDITA”
Uma reunião envolvendo o empresário Odacir Antonelli, o prefeito Cesar Silvestri Filho, o médico David Livingstone Figueiredo, entre outros, deu o passo inicial na parceria com a Jacto. De acordo com Tsen Chung, a Jacto tem interesse em auxiliar na modelagem de atuação do IPEC. “Temos um instituto de pesquisa muito semelhante ao que existe aqui, que é o CIAG em Pompeia [SP] e que atua na área de inteligência artificial. Assim, gostaríamos muito de integrar os dois institutos para o desenvolvimento de novas áreas de negócios. Acredito que o caminho são as startups”.
Conforme Tsen Chung, um novo encontro ficou agendado. Entretanto, dessa vez a equipe de Guarapuava irá até Pompeia. “Gostaríamos que eles vissem o que temos. E para juntos desenharmos esse futuro. Lá temos o potencial na área de informática, inteligência artificial. Vamos unir essas duas tecnologias e enxergar um caminho para novas ‘startups’. Além de novos modelos de negócios”. Entretanto, a partir do que ele viu na ‘Cidade dos Lagos’, Tsen Chung disse que “o que Guarapuava tem feito na área genômica é uma coisa única no Brasil”.
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