Guarapuava continua cinza. Olhando o centro através das janelas do sexto andar, onde fica localizada a Rede Sul de Notícias, lembrei do Galdino Alves Junior. Do tempo em que trabalhávamos juntos na Prefeitura de Guarapuava, na última gestão do ex-prefeito Nivaldo Kruger. Eu era a assessora de comunicação – meu primeiro emprego – e ele, autor de projetos. Numa tarde, na sala da assessoria, Galdino olhava a cidade. Me chamou e pediu que eu olhasse atentamente. Assim o fiz. Para meu espanto, ele disse: “ Esta cidade é triste, é cinza e isso a torna, uma cidade feia”. Confesso que ele me influenciou e, às vezes, acho isso mesmo. Essa condição agora se materializa com essa oscilação climática. Sinto falta do Sol, o astro rei. É ele que alimenta a minha alma, que dá cor ao meu corpo, que dá luz e vida às cores, que transmite energia e que provoca o milagre do crescimento no solo.
Guarapuava precisa mesmo de cor. Num sentido metafórico, Guarapuava, as pessoas que a fazem – sim, porque uma cidade é feita por pessoas -, que as representam, que fazem suas leis, que direcionam o seu caminho precisam ser reinventadas. Guarapuava está triste, sim. Sem Sol, sem cor, sem princípios éticos, encharcada pela negatividade que envolve a maioria dos eleitos pelo povo.
Passados alguns anos, o Galdino é que continua com a razão. Guarapuava é cinza, triste!