22/08/2023
Economia

Guarapuava é fronteira para exploração de gás natural, diz Pizzato

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O leilão que será realizado pela Agência Nacional do Petroleo (ANP) na próxima sexta feira (29) dos 14 blocos de gás natural localizados no Paraná na 12ª. rodada de licitações, que ofertará 240 áreas de exploração no País, pode contribuir para a transformação do perfil econômico de Guarapuava. De acordo com o presidente da Compagas (Companhia Paranaense de Gás), Luciano Pizzato, a  Bacia do Paraná abrange 123 municípios paranaenses, em uma área de aproximadamente 50 mil quilômetros quadrados. As áreas no Estado são classificadas como novas fronteiras de exploração pela ANP, na qual Guarapuava está inserida.

 “Esse leilão apresenta um quadro diferente daquele que havíamos conversado há um ano. Hoje o mundo descobriu o shale gás (xisto) e a ANP resolveu fazer esse leilão”. Segundo Pizzato, a criação de um gasoduto, daqui três a quatro anos, passará por Guarapuava seguindo em linha reta até Foz do Iguaçu e subindo para Londrina. “Esse gasoduto será criado para atender as áreas de produção”.

De acordo com Pizzato, Guarapuava será uma nova fronteira de energia no Paraná e deverá atrair  “investimentos extraordinários” na indústria de gás e de petroleo. Para se ter uma ideia desse potencial, Pizzato diz que nos próximos cinco anos a indústria automobilística investirá US$ 3,5 bilhões, a de cana e álcool terá investimento de US$ 5 bilhões, enquanto a de gás e petróleo investirá US$ 400 bilhões.

De acordo com a ANP, as licitações não restringem apenas a exploração do gás natural, convencional e não convencional. “É possível que nessas regiões haja petróleo. Assim, os vencedores das licitações também estão habilitados para explorar o produto
O potencial da Bacia do Paraná é enorme e caso seja encontrado petróleo ou gás em solo paranaense todos os participantes serão recompensados. De olho nesse nicho de mercado o prefeito Cesar Silvestri Filho  antecipou que pretende criar em Guarapuava um polo nesse setor.

Na região de Guarapuava, em Pitanga existem dois poços perfurados com capacidade de produção de 110 mil metros cúbicos/dia. Para que haja o aumento dessa produção  há a dependência dessa nova rodada de licitação para a exploração de gás convencional e não convencional em terra. Para isso, será preciso a participação do Paraná na elaboração da resolução que definirá a exploração desse tipo gás (não convencional), com consulta pública em andamento no site da ANP.

Luciano Pizzatto disse também que a expectativa é que o preço do gás tenha uma redução com a exploração do produto em solo paranaense. “Tornaremos assim o Paraná extremamente competitivo. O Estado está preocupado com toda a cadeia de produção, o que sem dúvida será uma nossa onda de desenvolvimento”.

Cristina Esteche

Jornalista

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