De acordo com o MS, os centros estão em seis estados. Dois estão no Paraná, sendo um em Guarapuava, com atividades desenvolvidas na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), em parceria com o Instituto para Pesquisa do Câncer (Ipec). O outro fica em Curitiba, no Instituto Carlos Chagas (ICC) vinculado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Em Guarapuava, conforme o IPEC, desde 2023, a medicina de precisão é desenvolvida por meio do Projeto Genomas Paraná. O programa reúne pesquisadores da Unicentro e de Ponta Grossa (UEPG), da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Além do Instituto para Pesquisa do Câncer (Ipec), e do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação Genômica. Os recursos para o financiamento das pesquisas são da Fundação Araucária e da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
EM GUARAPUAVA
Entre as etapas do projeto está a descrição do perfil genético e epidemiológico da população paranaense, começando com uma amostra representativa de Guarapuava. Por meio da construção de um banco de dados e uso de técnicas de Inteligência Artificial, o projeto busca identificar biomarcadores de predisposição genética para doenças crônicas não transmissíveis. Entre estas, por exemplo, a obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
Atualmente a pesquisa está na fase de coleta de amostras de 4,5 mil participantes. Para o grupo de amostragem, os pesquisadores previram a entrevista e coleta de material genético de duas mil pessoas selecionadas por amostragem aleatória. Outras duas mil por amostragem por conveniência (voluntários) e 500 idosos cognitivamente saudáveis com idade superior a 80 anos.
De acordo com o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, o Paraná tem investido financeiramente para contribuir efetivamente na melhoria da saúde pública. Conforme avalia, Bona, a medicina de precisão é uma área em que buscamos a prevenção e também a resolução de doenças.
O programa Genoma Brasil é de extrema importância para todo o país para que possamos futuramente criar soluções para diagnósticos e tratamentos para a população, que é rica em diversidade étnico regional.
Ele participou do lançamento, junto com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o coordenador do centro de pesquisa em Guarapuava, David Livingstone, entre outros representantes dos centros de pesquisa.
GENOMA SUS
Com o Genoma SUS, a proposta do Ministério da Saúde é estruturar um banco com informações genéticas e dados clínicos. Para isso, um grupo de indivíduos terão as amostras genéticas sequenciadas. A partir das características identificadas, será possível apontar a tendência para futuras doenças como câncer, doenças neurológicas, cardiovasculares, autoimunes, hematológicas, endócrino-metabólicas e raras.
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