Guarapuava é vista como modelo nacional no enfrentamento às drogas

Bárbara Franco 

O Observatório do Crack da Confederação Nacional de Municípios (CNM) participou do I Simpósio Brasileiro de Dependência Química e Saúde Mental: Desafios e Perspectivas em Guarapuava. A assistente Social e Coordenadora de Pesquisas do Observatório do Crack, Rosangela da Silva Ribeiro afirma que Guarapuava é uma das poucas cidades do Brasil que possui um departamento exclusivo para enfrentamento às drogas. “Guarapuava desenvolve um trabalho que é modelo nacional”.

O intuito do simpósio foi promover a troca de conhecimentos sobre a problemática social, a difusão do uso e abuso de substâncias psicoativas e o aumento no número de pessoas portadoras de transtornos mentais.

No encontro, foram apresentadas informações sobre a questão do crack em Guarapuava e no Estado do Paraná. De acordo com Rosangela, uma das principais dificuldades enfrentadas pelos municípios está na construção da rede de apoio ao usuário de drogas. “Na maior parte dos casos, a rede de Saúde não se conecta com a rede de Assistência Social, o que dificulta acompanhar o progresso de recuperação dos usuários”.

Na ocasião, também foram compartilhadas boas práticas municipais de cidades que desenvolveram ações positivas sobre o tema. Essa é uma forma de mostrar aos gestores que há alternativas para contornar o problema que afeta centenas de Municípios em todo o país. O evento aconteceu na quinta feira (13) e sexta feira (14).

Sobre o evento

Além do Observatório, o evento reúniu renomados estudiosos nacionais que discutiram as causas e estratégias de enfrentamento à questão. Estiveram presentes no evento o desembargador do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná, Roberto Portugal Bacelar; a doutora em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, Cristiane Simões Dias; e o psicólogo Frederico Nogueira Ronconi, membro da Comissão de Psicologia, do Conselho de Psicologia 8ª Região e do Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas.

O Simpósio foi realizado pela Faculdade Campo Real com o apoio da prefeitura de Guarapuava e a Coordenadoria Estadual de Políticas sobre Drogas da Secretaria de Justiça do Estado do Paraná, o Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comud) do Município de Guarapuava e o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Centro Sul do Paraná (CIS-Amcespar).