22/08/2023
Política

Guarapuava está sediando o maior evento contra a violência feminina

imagem-68797

Numa solenidade concorrida realizada na noite desta quinta (20), começou o seminário que vai debater o enfrentamento à violência contra a mulher. Realizado pelo Tribunal de Justiça por meio da Coordenadoria Estadual  da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) com a organização da Secretaria Municipal de Políticas Públicas Para a Mulher, o seminário Mobilização pelos Direitos da Mulher  trouxe a Guarapuava  Luana Grillo, da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República, o 1º vice presidente do TJ-PR, Desembargador Paulo Roberto Vasconcelos, juízes, promotores, delegados,  ativistas, a prefeita de Laranjeiras do Saul, Sirlene Svartz, assistentes sociais psicólogas, acadêmicas de Direito.

De acordo com o desembargador Paulo Roberto Vasconcelos, no universo social a mulher tem sido “muito prejudicada por seus companheiros, por seus cônjuges e isso preocupa o Poder Judiciário”. Segundo o desembargador, a iniciativa do TJ é conscientizar a sociedade e oferecer apoio à mulher que sofre violência. “O judiciário tem a obrigação e a responsabilidade de equipar a sua estrutura por meio da Coordenadoria Estadual  em Situação de Violência Doméstica e Familiar, mas  se faz necessário o apoio do Executivo e do Legislativo. Cabe ao Executivo estruturar as delegacias, especialmente aqui em Guarapuava”, defendeu. A Delegacia da Mulher em Guarapuava está há cerca de três anos sem delegada titular e conta com apenas uma escrivã e uma estagiária.

Para a responsável pela Cevid, a desembargadora Denise Kruger Pereira o evento realizado em Guarapuava  representa a soma de esforços  e o comprometimento das autoridades num tema tão sofrido para as mulheres.

O prefeito Cesar Silvestri disse que nenhum município se orgulharia em divulgar  altos índices de violência contra a mulher. “Mas não se resolve um problema sem reconhecer a sua existência. Guarapuava não pode mais conviver com os números alarmantes. É muito mais do que um problema cultural, é um problema social muito calcado na impunidade”, observou.

Eva Schran iniciou o seu pronunciamento mostrando imagens de mulheres que foram vitimas por ex-companheiros e cônjuges.  

“Com certeza esta é uma das maiores mobilizações pelos direitos das mulheres de toda região. Num só  evento estamos reunindo os governos federal, estadual e municipal, além do Judiciário e da coordenadoria das delegacias de mulher para que possamos construir  ações concretas”, afirmou .

O evento segue nesta sexta com a seguinte programação:

8h30: Projeto Botão do Pânico      

Hilton Queiroz Rebello e Lucas Thomaz Vieira

9h30: Inclusão Social para as Mulheres

Maria Tereza Uile Gomes – secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos

10h45: As ações de Enfrentamento à Violência contra a mulher no Paraná

Regina Bley, gestora estadual do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à violência contra as Mulheres e Diretora Adjunta do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania/Seju

12h às 14h: intervalo para almoço

14h: Tráfico de Mulheres

Jaqueline Leite, Coordenadora do Centro Humanitário de Apoio à Mulher

15h: Reabilitação do Agressor

Fernando Acosta

16h30: Feminicídio

Alice Bianchini, doutora em Direito Penal pela PUC/SP e integrante da Comissão Especial da Mulher Advogada do Conselho Federal da OAB

17h30: Atendimento das Mulheres Vítimas de Violência nas Delegacias da Mulher

Paula Brisola, coordenadora das Delegacias da Mulher do Paraná

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.

Pular para o conteúdo