22/08/2023
Brasil Cotidiano Economia

Guarapuava fecha vagas de emprego pelo 3º mês seguido

No acumulado do ano, município já perdeu 264 vagas. Em julho, comércio puxa a queda, principalmente entre as mulheres

O município já havia fechado 469 em junho (Karolina Fabbris Pacheco/AEN)

Enquanto o Paraná comemorou a liderança na geração de empregos na Região Sul, Guarapuava seguiu na contramão e amargou o terceiro mês consecutivo de retração no mercado de trabalho formal. De acordo com os dados do Novo Caged divulgados nesta quarta (27) pelo Ministério do Trabalho, o município fechou 106 postos com carteira assinada em julho, resultado de 2.291 admissões e 2.397 desligamentos.

O desempenho local contrasta com os cenários estadual e nacional. No mesmo período, o Paraná criou 8.140 vagas, o melhor resultado do Sul, e o Brasil registrou um saldo positivo de 129,8 mil empregos.

O principal responsável por puxar os números para baixo, em Guarapuava, foi o setor do Comércio, que fechou 146 vagas. A Agropecuária também teve um forte impacto negativo, com o encerramento de 104 postos. A Indústria seguiu a tendência de queda, com um saldo negativo de 67 empregos. Vale lembrar que a recente demissão em massa na empresa Millpar só deve refletir nos dados do Caged de agosto.

Por outro lado, dois setores conseguiram evitar um resultado ainda pior. A Construção Civil teve um bom desempenho, com a criação de 139 novas vagas, e o setor de Serviços também registrou saldo positivo, com 72 novos postos.

TENDÊNCIA DE QUEDA E DEMISSÃO DE MULHERES

O resultado de julho consolida uma tendência preocupante para o mercado de trabalho guarapuavano em 2025. O município já havia fechado 136 vagas em maio e 469 em junho. Com isso, o saldo acumulado de janeiro a julho deste ano é negativo em 264 empregos.

O cenário reverte completamente o desempenho do mesmo período de 2024, quando Guarapuava contava com um saldo positivo de 1.020 vagas formais.

Um dado que chama a atenção em julho é o impacto dos desligamentos sobre as mulheres. Do saldo de 106 vagas fechadas, 105 eram ocupadas por trabalhadoras. Os setores que mais demitiram mulheres foram o comércio (417 desligamentos) e a indústria (156 desligamentos). Entre os homens, o saldo foi praticamente estável, com o fechamento de apenas uma vaga.

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Thiago de Oliveira

Jornalista

Jornalista formado pela Universidade Estadual do Centro-Oeste. @tdolvr

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