Caio Budel
Apesar de existirem leis atualmente que respaldem os municípios na coleta de lixo eletrônico, Guarapuava ainda não possui um ecoponto fixo para este tipo de trabalho. No momento, a única forma de um guarapuavano se livrar de forma adequada de pilhas guardadas em casa, por exemplo, é esperando a chegada dos ecopontos do Sescap-PR, instalados na cidade duas vezes por ano.
O problema, porém, vai além da criação de um projeto municipal para a arrecadação do conhecido E-lixo. De acordo com Selba Peres Lopes, bióloga da Secretaria de Meio Ambiente de Guarapuava, o município não pode se responsabilizar pela coleta destes materiais por conta da Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil (Lei N.º 12.305, de 2 de Agosto de 2010), que obriga as empresas montadoras de produtos eletrônicos a darem a destinação correta aos materiais quando os compradores resolvem se livrar deles. “Nós não podemos simplesmente recolher o material. A obrigação por lei é das montadoras, mas isso não acontece. Por não existir um ecoponto fixo, temos que trabalhar com campanhas de conscientização”, explica.
Ainda de acordo com Selba, o primeiro ecoponto temporário do Sescap foi instalado em Guarapuava em junho de 2013, na Semana do Meio Ambiente. Na época, 16 toneladas de E-lixo foram recolhidas. “Nós achávamos que depois da primeira campanha os números diminuíssem, mas aconteceu o contrário. Na segunda feira, 22 toneladas foram arrecadadas, o que mostra a necessidade de coletas desse tipo”.
Uma alternativa para tentar sanar o problema dos lixos eletrônicos seria a instalação de uma empresa especializada em Guarapuava. “Muitas empresas já passaram aqui pela Secretaria e procuraram saber sobre a produção deste lixo na cidade, mas nenhuma efetivamente se instalou aqui”, pontua Selba.