Cristina Esteche
A falta de planejamento dos centros urbanos não provoca apenas o crescimento desordenado, como também priva a população de área verde minima conforme o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Embora o ultimo levantamento aerofotogramétrico de Guarapuava tenha sido contratado ainda em 1996, levantamento feito pela engenheira Monica Rubio, Centro de Planejamento Urbano de Guarapuava (Ceplug), a pedido da Rede Sul de Notícias, mostra que a cidade está aquém do índice mínimo preconizado pela OMS, o equivalente a 12 metros quadrados por habitante. Hoje, Guarapuava possui 1,4 milhão de metros quadrados de praças e parques, mais 32 mil metros quadrados de áreas com árvores. Na matemática do Ceplug, cada habintante de Guarapuava conta com 8,55 metros quadrados de de área verde, ou seja, 3,45 metros quadrados a menos do que o índice mínimo indicado pela OMS. “Estamos abaixo porque nunca se pensou, não se planejou a Guarapuava dos próximos anos”, disse o chefe do Departamento de Produção Vegetal da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Saulo Kuster. Segundo o engenheiro florestal, as calçadas do centro da cidade são estreitas e não permitem o plantio de árvores. “As que foram plantadas há anos estão causando problemas porque impedem a mobilidade de pedestres”. Segundo a lei municipal que trata do tema, as calçadas não podem ter menos do que 2,20 metros de largura. A maioria possui apenas dois metros. Em algumas ruas foram plantadas árvores de grande porte. “Nas calçadas com a metragem minima [2,20m] só podem contra com ipês e extremosas”, diz Saulo. Segundo o engenheiro, em alguns bairros, como a Vila Carli, os passeios já são mais largos.