Dados divulgados pelo IBGE, recentemente, mostram que 10,3 milhões de brasileiros passam fome. O fato é que a pandemia, o aumento do desemprego, das desigualdades, servem de mola para que esse problema se agrave. Entretanto, a insegurança alimentar também se expande em Guarapuava. De acordo com o prefeito Celso Góes (Cidadania), em apenas um ano, aumentou em mais de 30% o número de pessoas que vivem em extrema pobreza. Ou seja, 15.103 pessoas têm renda ‘per capita’ de até R$ 89, segundo cadastro de fevereiro último da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social. De acordo com a Secretaria, essa soma se traduz em 5.061 famílias. Para se ter uma ideia da dimensão desse grave problema social, cada pessoa dessa linha, tem que sobreviver com menos de R$ 3,00 por dia.
POBREZA
Conforme o levantamento do Cadastro Único, outra faixa da população, o equivalente a mais 3.304 famílias encontram-se um situação de pobreza. Ou seja, a renda ‘per capita’ é de até R$ 178,00. Portanto, são 11.084 pessoas que têm que ‘se virar’ com esse valor no mês. Todavia, em relação à baixa renda, temos outras 7.916 famílias, ou 23.448 pessoas, que ganham entre R$ 178,00 a meio salário mínimo. Na soma das três faixas sociais o tal é de 49.635 pessoas em vulnerabilidade social.
De acordo com a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Rosângela Virmond, nessa última faixa estão as famílias que tiveram perda do poder de compra. Enquadram-se aí, pessoas que trabalham na noite como garçons, músicos e outros profissionais que estão sem renda há um ano. A causa são as medidas restritivas impostas para conter a propagação da covid-19. Mas o pior de tudo, segundo a secretária Rosângela Virmond, é que esse número aumenta a cada mês.
Corroborando com a afirmação da secretária, temos aí a inflação alta, consequentemente, os alimentos cada vez mais caros, o desemprego. E a situação que se avizinha com a redução do auxílio emergencial, hoje de R$ 600,00, tende a agravar ainda mais a situação de miséria de muitos guarapuavanos.
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