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O custo da cesta básica em Guarapuava é maior que o valor encontrado entre nove capitais brasileiras de 17 pesquisadas. O levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revela que, se fosse capital, o município teria o oitavo maior valor do país. À frente de capitais como Brasília (R$ 773,35), Goiânia (R$ 744,27) e Belo Horizonte (R$ 726,63), por exemplo.
E em junho ela ficou ainda mais cara em Guarapuava, conforme levantamento do Núcleo de Estudos e Práticas Econômicas (Nepe), da Unicentro. O valor médio chegou a R$ 780,74, uma alta de 2,20% em relação a maio, quando custava R$ 763,95. No acumulado de 2025, a elevação já soma 7,80%.
Entre os produtos que mais influenciaram nos preços estão o tomate (+13,52%), a manteiga (+6,28%) e o pão francês (+5,39%). A carne bovina também subiu 3,24%. Já o açúcar (-10,99%), a banana (-8,42%) e a batata (-7,71%) registraram queda.
A economista Luci Nychai explica que o comportamento do tomate está ligado a fatores como clima irregular e redução da área plantada, o que afetou a oferta e impulsionou os preços. No caso dos produtos com queda, a maior oferta no mercado contribuiu para a redução.
EM GUARAPUAVA, CESTA CUSTA MAIS DA METADE DO SALÁRIO MÍNIMO
O custo da cesta representa um comprometimento de 51,43% do salário mínimo em Guarapuava (R$ 1.518), exigindo cerca de 113 horas de trabalho no mês para custeá-la. É a segunda maior taxa de comprometimento desde que o índice passou a ser calculado na cidade.
De acordo com o estudo, para cobrir alimentação, moradia, saúde, transporte, educação e demais necessidades, o trabalhador guarapuavano precisaria de um salário mínimo de R$ 5.543,04. Atualmente, um trabalhador com rendimento médio mensal (R$ 3.674, conforme o Ipardes) compromete 21,25% da renda apenas com a cesta básica.
A variação entre os pontos de venda também chama atenção: os preços da cesta oscilaram de R$ 467,61 até R$ 1.084,64, dependendo do estabelecimento. O impacto da inflação, segundo o Nepe, foi mais forte entre os itens mais baratos — a chamada “classe C” —, que subiram em média 10,54%, enquanto os produtos de maior valor tiveram redução de 1,13%. Por fim, confira aqui a pesquisa completa.
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