Guarapuava tem o 2º pior saldo de empregos do Paraná no ano

Guarapuava fechou postos de trabalho com carteira assinada pelo sexto mês consecutivo. Dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostram que o município teve 2.188 admissões contra 2.259 desligamentos em outubro, um saldo de −71 vagas. Com essa sequência, o estoque total de empregos formais na cidade caiu para abaixo dos 47 mil.

O SEGUNDO PIOR SALDO DO ESTADO

Guarapuava amarga o segundo pior acumulado do ano no Paraná. De janeiro a outubro, o município registrou 24.114 admissões e 24.540 desligamentos. Ou seja, 426 vagas a menos. Somente Palmas (-521) tem um desempenho abaixo.

A retração contrasta com o mesmo período de 2024. No ano passado, entre janeiro e outubro, a cidade somava 1.599 novos postos. Se o ritmo de demissões continuar nos dois últimos meses do ano, será a primeira vez que Guarapuava terminará um ano com saldo negativo desde o início da série histórica do Novo Caged, em 2020.

SETORES

No recorte mensal de outubro, a Indústria foi o setor que mais pesou na balança, fechando 145 postos de trabalho (304 admissões contra 449 desligamentos). A Construção Civil (-25) e a Agropecuária (-16) também contribuíram para o resultado negativo.

Por outro lado, o Setor de Serviços (+80) e o Comércio (+35) tentaram equilibrar a conta, mas não foram suficientes para reverter o déficit.

Já no acumulado de 2025, as demissões estão distribuídas em três grandes setores:

Agropecuária: -558 postos;
Indústria: -460 postos;
Comércio: -242 postos.

Apenas os Serviços (+726) e a Construção (+108) sustentam números positivos no ano.

Gráfico mostra sequência de admissões e demissões em Guarapuava de janeiro a outubro (Fonte: Novo Caged)

NA CONTRAMÃO

Enquanto Guarapuava está no vermelho, Paraná segue com bons números. O estado fechou outubro com um saldo positivo de 7.961 novos empregos, impulsionado principalmente pelo setor de Serviços (+5.579). No ano, o Paraná já criou 129.361 vagas. Em números brutos, é o terceiro estado que mais gera empregos no país, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais.

O Brasil também mantém a trajetória de crescimento, acumulando mais de 1,8 milhão de novas vagas em 2025.

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