22/08/2023
Cotidiano Guarapuava

Guarapuavanas viajam à Africa para atuar em trabalho voluntário

O sonho de voluntariar aconteceu de maneiras distintas. Mas as duas se uniram em um mesmo propósito de ajudar os africanos com ações sociais

guarapuavanas

Guarapuavanas viajam em missão missionária para África (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Desde os 10 anos, Loeci Aparecida Dupcki Estrela sonhava em fazer missões. A guarapuavana de 34 anos cresceu em um orfanato e voluntários sempre iam até lá para fazer trabalhos sociais que proporcionavam carinho e atenção. Agora, ela quer retribuir tudo de melhor que já recebeu.

Toda a minha vida eu vi pessoas vindo ao orfanato onde eu morava para servir a Deus e eram os melhores dias. Então, a partir daí eu sonhei em abençoar as pessoas, assim como esses missionários. Eu acredito que ir nessa missão é uma forma de gratidão por tudo que fizeram por mim, e sempre desejei que outras pessoas tivessem oportunidades na vida como eu tive.

Hoje, a Loeci oferece tudo isso em projeto chamado Alabaster Project, em Gana, no continente africano. Ela e a amiga Natália Gotlieb Reichmann de 25 anos, se voluntariaram para passar três meses no país. Para Natália, o desejo de ajudar no projeto veio por meio de uma experiência ‘sobrenatural’.

A decisão partiu de uma experiência que tive aos 17 anos, ao conhecer o amor de Jesus, um amor tão forte, acolhedor e libertador. Entendendo esse amor, me fez desejar mostrá-lo para as nações, afinal é a vontade de Deus. Por isso, decidi passar esse período em Tamale [cidade de Gana].

Sobre as dificuldades, Natália relata que o choque cultural e as questões socioeconômicas de Gana são alguns dos desafios do trabalho. “A realidade que enfrentamos não nos assustou pois, durante dois anos nos preparamos psicologicamente”.

 Porém, não quer dizer que é fácil! O calor extremo, falta de energia e algumas vezes, até falta de água enfrentamos. Mas a parte mais difícil é que a cultura aqui em Tamale restringe as ações das mulheres, isso não ocorre na base missionaria, mas sim quando entramos em contato diretamente com a cultura. 

Conforme as informações, a situação do país africano é de extrema pobreza. Cerca de 10% da população é subnutrida e somente 10% das residências possuem rede de esgoto. No entanto, isso são apenas dados para a Loeci, porque “nada disso nos faz desistir, entendemos que estamos exatamente no lugar que Deus quer que estejamos”.

Sendo assim, a dupla vai contribuir em ações de saúde e trabalhos sociais. A ideia é que o período de três meses seja suficiente para prestar apoio à comunidade. De acordo com Loeci, as guarapuavanas vão fazer parte de diversas ações.

“Nós vamos prestar assistência nas clínicas e na Vila Betânia, parte da estrutura do Alabaster Project. Também visitaremos várias tribos onde faremos recreação com crianças, oficinas de pintura em panos de pratos para as mulheres, providência de colheres medidoras para evitar desidratação de crianças e adultos. Dessa forma, vamos ensinar eles a usar materiais próprios”.

Além disso, Natália explica que há um propósito maior no projeto, tudo aconteceu para que elas cumprissem essa missão. Para ela, fazer algum projeto na África sempre era algo que fazia o coração queimar de amor e alegria.

Tamale [cidade em Gana] foi o destino que Deus escolheu. O projeto surgiu depois de uma experiência com Deus e um direção Dele, então, eu sei que Ele abriu a ‘porta’ para Gana.

Desse modo, a viagem ocorreu por meio da amizade entre o bispo da igreja Metodista da Sexta Região do Paraná e Santa Catarina, com o fundador do Alabaster Project.

PROJETO

As meninas fazem parte da Federação de Jovens Metodistas do Paraná e Santa Catarina. Para participar do projeto, havia 13 jovens interessados, entretanto, apenas sete viajaram para a missão. “Organizamos um processo seletivo em três etapas: resposta de questionários, entrevista e por fim, uma análise pela mesa diretiva”.

Dessa modo, os participantes vão ficar inicialmente três meses, porém se quiserem prorrogar o trabalho, o prazo máximo é de seis meses. Assim, as dificuldades, a saudade de casa que fica a 6.589 quilômetros de distância, não vão poder estragar esse período enriquecedor para as meninas. “Eu entendo que Deus tem um propósito para a minha vida estando aqui e porquê as pessoas precisam ter acesso à esperança que é Cristo Jesus”.

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Vallery Nascimento

Jornalista

Jornalista formada desde 2022 pelo Centro Universitário Internacional - Uninter. Além do amor pela comunicação, ela também é graduada em Letras com habilitação em inglês. Apresenta o Giro RSN de segunda a sexta, às 18h nas redes sociais do Portal RSN.

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