* Por Caio Budel
Os catadores de recicláveis de Guarapuava tem encontrado dificuldade na hora de recolher o material que vendem para poder sobreviver. Isso porque, na hora da coleta, o conteúdo muitas vezes está misturado com o lixo orgânico.
De acordo com Aroldo Vogt, catador de reciclável há 6 anos, a não separação do lixo influência em questões que vão além do seu lucro mensal. “Como o lixo está misturado, nós deixamos muita coisa passar que poderiam render mais para gente. Mas, além disso, esses lixos que passam, prejudicam a natureza porque demoram para se decompor. Se fossem separados corretamente para gente coletar, ajudaria os dois lados”, explica.
Ainda de acordo com Vogt, o lucro por cada carrinho de reciclável gira em média de R$ 20,00. Mensalmente, o valor fica próximo de um salário mínimo. “É um trabalho duro, mas como minha esposa também é catadora, dá para sobreviver”.
De acordo com Luciana Ancelmo, membro da Cooperativa de Trabalho Solidário Para Coleta Seletiva e Reciclagem de Resíduos Sólidos (ReciclaSol), todos os catadores associados atualmente concordam que o guarapuavano peca na hora de separar o lixo. Ao todo, mais de 400 catadores estão na ReciclaSol. “O trabalho fica mais complicado quando o lixo orgânico está dentro de materiais recicláveis. Dai quando o conteúdo chega no galpão de reciclagem, muita coisa é descartada”.