A chuvarada que Guarapuava enfrentou, não se compara ao cenário que guarapuavanos estão vivenciando na Flórida, nos Estados Unidos. Com a passagem do Fucarão Milton de categoria cinco, eles tiveram que suportar a uma situação jamais vista no Brasil. A Isabela Maria Dal Pozzo, é administradora, e decidiu ir à Flórida para uma viagem em família. Mas no dia do retorno ao Brasil, os aeroportos fecharam as portas devido às condições climáticas.
Era de assustar, muito vento e muita chuva, o prédio e a janela tremiam, dava medo mesmo. E acho que isso deve ter durado pelo menos quatro ou cinco horas, foi bem assustador. E isso que aqui são janelas já preparadas para enfrentar essas coisas. Então são vidros duplos e mais resistentes. Normalmente a gente não escuta barulho lá de fora, de tão grossa que ela é, mas nessa noite a gente escutou. Então ficamos um pouco apreensivas, mas tranquilos porque sabíamos que estávamos numa Região que a gente fez tudo que era necessário.
SEGURANÇA
A família estava em Orlando e o furacão chegou naquela Região, mas na categoria um. Então eles precisaram procurar um hotel seguro com gerador de energia, devido as orientações do governo para permanecerem em casa. Isabela conta que nunca pensou como seria uma situação como essa, e que no local não chegou a faltar itens básicos.
Viemos de férias com a família, e o nosso retorno seria exatamente ontem (9), bem horário que o Furacão iria chegar. Então, o aeroporto foi fechado ontem o dia todo e hoje também. Amanhã vai reabrir e aí conseguimos reagendar o nosso voo para amanhã, então se Deus quiser, já retornamos. Viemos para um hotel que tinha gerador porque muitas vezes acontece de não ter energia elétrica porque acaba rompendo algum fio de luz, com as árvores que caem e galhos de árvore. Aqui, só piscou a luz algumas vezes, mas não chegou a faltar. A água também não faltou, então aqui foi muito tranquilo, graças a Deus. Nós ficamos muito felizes que ele passou.
CENAS DE FILME
Isabela conta que as autoridades americanas iniciaram as recomendações no último sábado (5) pedindo para que as pessoas abastecessem os carros e comprassem água e alimentos não perecíveis. A família seguiu as orientações e permaneceu em segurança. Agora, o retorno para casa tem um significado diferente.
Eu nunca imaginei. Eu sabia que era temporada de furacão, que começa em junho e termina em novembro, mas nunca tinha imaginado. Parece cenas de filme, nos sentimos num filme de terror. Mas ao mesmo tempo estávamos seguras porque Deus estava cuidando de tudo, no controle de tudo e principalmente, seguros em relação às recomendações do governo. Não houve danos, estamos todos em segurança. Graças a Deus!
SITUAÇÃO ATUAL
A passagem do furacão Milton, que atingiu o solo da Flórida (EUA) deixou pelo menos 10 mortos, segundo autoridades locais. Antes mesmo de tocar o solo, a aproximação de Milton à Flórida havia causado estragos. Houve diversos relatos de tornados relacionados à tempestade, que destruíram casas e derrubaram árvores.
As ruas ficaram alagadas e mais de três milhões de imóveis ficaram sem energia em todo o estado. O furacão perdeu força ao longo da madrugada enquanto avançava pelo Continente. O olho do furacão já seguiu em direção ao Oceano Atlântico na manhã desta quinta (11). O fenômeno caiu para a categoria de ciclone pós-tropical. E a previsão do Centro Nacional de Furacões dos EUA é que continue enfraquecendo ao longo dos dias.
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