22/08/2023
Cotidiano

Há 10 anos moradora sofre com a inundação da casa

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Morando sozinha, cuidando de sua horta e seus animais, Denise Chaves da Cruz, parece levar uma vida tranquila. Porém, a tranquilidade vai por água abaixo, literalmente, quando chove. No terreno de sua casa existe uma espécie de “boca de lobo”, que recebe toda a água da chuva que vem das ruas e invade sua casa.

 

Nos dias em que o céu demonstra um mínimo sinal de chuva, a senhora entra em desespero. “Quando o tempo fecha minha pressão começa subir”, diz. Há 10 anos ela busca ajuda, mas até agora ninguém achou uma solução. “Já procurei o Ministério Público, o Fórum, a Surg (Companhia de Serviços de Urbanização de Guarapuava), e até já fui na casa do prefeito, mas ninguém resolve meu problema”, lamenta a moradora do bairro Conradinho.

 

A situação também atinge a casa ao lado. Jaqueline Corrêa Azevedo, vizinha de Denise, teve que refazer o muro que separa as duas casas, pois a construção ameaçava cair. “Um fiscal da Prefeitura disse que eu tinha 90 dias para arrumar o muro, senão eu iria ser multada. Mas a culpa não é minha, a culpa é da Prefeitura”, fala. Jaqueline se solidariza com a vizinha e reconhece o sufoco passado por ela. “A água invade a casa e chega a subir um metro. A Denise já perdeu muita coisa por causa da chuva”, lamenta.

 

Na última vez em que a residência foi alagada, a moradora perdeu o tanque de lavar e um guarda-roupa. Mas a lista é maior. “Na última enchente tive que colocar os móveis em cima do sofá. Mas eu já perdi uma geladeira, armário, sofá e outros móveis e eletrodomésticos”, lembra. Entretanto, o que mais a deixa triste é não poder mais morar com a filha e o neto. “Minha filha teve que levar meu neto para outro lugar, pois tinha medo que algo pior pudesse acontecer”.

 

Surg

 

Uma equipe da Companhia de Serviços de Urbanização de Guarapuava visitou hoje, quinta-feira (26), a residência e constatou o problema. Porém, segundo Sandro Alex Russo, diretor técnico da Companhia, o que cabe a Surg é realizar a limpeza nas galerias.

Cristina Esteche

Jornalista

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