Há anos a REDE SUL DE NOTICIAS evidenciava o problema vivido pela família do jovem Tadeu Bemben, que estava internado na psiquiatria do Hospital Santa Tereza durante 3,6 anos. A luta travada pela família durou sete anos para que Tadeu fosse liberado e tivesse tratamento domiciliar.
Ele é portador de esquizofrenia paranóide e em 2008 estava prestes a ser encaminhado para o manicômio judicial a partir de uma denúncia feita pelo Ministério Público, após agressões de Tadeu contra duas pessoas na ala psiquiátrica do Hospital Santa Tereza. Começava então uma nova batalha da família para impedir que isso acontecesse. Várias audiências foram realizadas até que a decisão proferida pela juíza Christine K. Bittencourt o liberou para tratamento em casa.
Três anos se passaram. Tadeu está sendo reinserido à sociedade. Voltou a estudar, tem tratamento psicológico, fisioterapeuta, de enfermagem. “Me tornei uma pessoa feliz”, diz ela à REDE SUL DE NOTICIAS.
Tadeu acorda pela manhã e, acompanhado por enfermeiros, sai para uma caminhada pela cidade. “Ele é brincalhão, já corda brincando. Mas o mais importante de tudo é a vontade de viver que ele tem”, diz o enfermeiro Alcidinei Macedo. “Criamos um vínculo de amizade que já fazemos parte da família e ele da nossa”, emenda João Luiz Santos, outro dos sete enfermeiros que compõem a equipe que cuida de Tadeu.
Os profissionais se revezam. Há também médico, psicólogo e assistente social. “Somos em três pela manhã, dois à tarde e dois à noite”, revela Rosália Aparecida Moreira. Para a enfermeira, trabalhar com Tadeu é uma diversão. “Sou como uma mãe para ele”, resume.
Tadeu toca violão, está cursando o segundo grau e quer fazer faculdade de artes.
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