*Matéria atualizada às 14h53 para retificação de informação no segundo parágrafo.
A colaboração da comunidade de Guarapuava e região é fundamental para o funcionamento e execução dos serviços de saúde realizados pelo Hemocentro Regional de Guarapuava. De acordo com Rhony Cássio Moreira, farmacêutico bioquímico que integra a equipe de gestão de qualidade do Hemocentro, a instituição necessita, diariamente, da coleta de 20 doadores para manter o estoque necessário. Em virtude da grande colaboração popular, por diversas ocasiões, possíveis doadores deslocam-se até o Hemocentro e não conseguem realizar a coleta. O farmacêutico bioquímico explica que a ocorrência se justifica em virtude de processos operacionais.
“Como temos uma necessidade diária de doações para manter nosso estoque, nos organizamos como podemos para evitar que haja falta por meio de parcerias com empresas e municípios que nos auxiliam enviando grupos de funcionários. Por isso, algumas vezes, as pessoas chegam aqui para doar e nós não podemos recebê-los naquele momento por falta de estrutura para tal. Hoje, nossa capacidade operacional de atendimento de coleta é de doze doadores por hora. Isso nos limita no recebimento de colaboradores”, declarou.
A sugestão frente a tal cenário, segundo o farmacêutico, é que as pessoas interessadas em colaborar liguem no Hemocentro, antes de se dirigem ao local.
Assim nós podemos avisar os colaboradores sobre a situação do dia atual, seguinte e da semana, para evitar que eles acabem perdendo a viagem, o tempo e saiam frustrados por não conseguirem colaborar. O apoio de toda a comunidade é muito importante e, por isso, queremos evitar qualquer desgaste.
Outro ponto que tem sido discutido e bastante reportado a ouvidoria do Hemocentro Regional de Guarapuava é o horário de atendimento. Ao longo da semana, a instituição funciona de segunda a sexta feira, das 8h às 11h, e das 13h às 16h. Aos sábados, não há atendimento. Segundo Rhony, o motivo, também é decorrente de suporte técnico.
“Para realizarmos a coleta de sangue, precisamos de supervisão técnica de um médico, já que algumas pessoas podem passar mal durante ou pós o processo de doação. Atualmente, no Hemocentro, temos dois profissionais, que trabalham quatro horas diárias cada. Se atendermos no sábado, esses médicos terão que fazer horas extras, o que encarecerá os custos para o Estado. Já tentamos implantar esse atendimento mas, em virtude destes fatores, não prosseguimos. Hoje, em situações específicas, nos organizamos para esse atendimento especial, mas não de modo regular ou frequente”, explicou.
Foi o caso do plantão de final de ano quando, em datas especiais, houve atendimento ao público no sábado. Novamente, a intensa participação popular possibilitou um estoque seguro, com a coleta de até 30 doadores por dia nessa época. Hoje, a situação no Hemocentro também é tranquila.
“Estamos com um estoque bom neste período, graças ao apoio da comunidade e esperamos continuar com essa parceria. Trabalhamos para realizar, dentro da nossa capacidade, o melhor atendimento possível”, finalizou Rhony.