22/08/2023
Saúde

Higiene e não à automedicação previnem contra a super bactéria

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O diretor de Vigilância em Saúde de Guarapuava, o médico Fernando Pedrotti, tranqüiliza a sociedade quanto a um possível contágio da DDM-1, a nova bactéria detectada em nível mundial e que é resistente a antibióticos, mesma aqueles considerados da mais alta tecnologia.
De acordo com Pedrotti, a bactéria “reside”, principalmente, em casas hospitalares onde há maior concentração de pacientes portadores de infecções e o risco de ser contraída em ambientes externos é mínimo. O risco nas casas hospitalates diminui com a correta rotina de desinfecção e limpeza do local e com uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar atuante.
Mesmo assim é preciso manter os hábitos de higiene como lavar as mãos constantemente, não sentar em camas de pacientes em visitas hospitalares, evitar tocar em equipamentos hospitalares e, principalmente, evitar a automedicação, com o uso de antibióticos.
“O ambiente hospitalar é propício ao contágio por ser local de maior concentração em bactérias, mas uma infecção não acontece sozinha, depende do uso inadequado de antibióticos, da automedicação à base desse medicamento quando não é necessário, ou ainda, da suspensão do tratamento sem fechar o ciclo recomendado pelo médico”, alerta.

A BACTÉRIA
A nova “superbactéria", começou na Índia e resiste a quase todos os antibióticos conhecidos. De acordo com os cientistas, não se sabe ainda a velocidade em que o fenômeno está se espalhando.
Conhecida como NDM-1 (metalo-beta-lactamase 1 de Nova Délhi), e suas variações parecem ter se originado na Índia. Ela foi detectada pela primeira vez em 2007, na Grã-Bretanha. A NDM-1 resiste a quase todos os tipos de antibióticos, inclusive os carbapenemas, geralmente reservados às emergências e ao tratamento de infecções multirresistentes.
De acordo com as autoridades competentes, a enzima NDM-1 está se alastrando na Índia e no Paquistão, já chegou ao Reino Unido, e há casos de mortes no Brasil.
O gene NDM-1 é transportado por bactérias que podem se espalhar da mão para a boca, o que torna indispensável uma boa higiene.
Esta bactéria, de acordo com o médico Fernando Pedrotti, da Vigilância Epidemiológica em Guarapuava, não causa, comumente, problemas de saúde em pessoas saudáveis, sendo inclusive encontrada naturalmente no sistema digestivo humano, mas pode causar infecções do trato urinário e pneumonia naqueles que têm um sistema imunológico comprometido, extensivo às crianças e idosos ou quando dotada de multiresistência,

Cristina Esteche

Jornalista

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