Após dois anos do assassinato de Ivanilda Kanarski, o ex-companheiro da vítima, João Fernando Nedopetalski, de 38 anos, foi condenado a 24 anos e 4 meses de prisão. A decisão ocorreu na noite dessa quinta (10), quando o Tribunal do Júri condenou o réu por homicídio qualificado que dificultou a defesa da vítima e tentativa de homicídio contra o irmão de Ivanilda.
Conforme o G1, o julgamento começou por volta das 9h da quarta (9), ao todo sete jurados, sete testemunhas de defesa e cinco de acusação participaram. O caso ocorreu em 26 de julho de 2018, seis dias após a morte da advogada Tatiane Spitzner.
Conforme a Polícia Civil Ivanilda, que tinha 30 anos, estava brincando com os filhos de sete e 12 anos no Parque Aquático de Irati quando o marido chegou de carro, desceu do veículo e começou a atirar contra a vítima. Dois tiros atingiram Ivanilda. Profissionais chegaram a socorrê-la com vida, mas ela não resistiu e morreu a caminho do hospital.
Ainda conforme as informações policiais, o irmão da vítima estava junto a família e tentou conter João Fernando. Além disso, um policial estava de folga no parque e ouviu os tiros. Ele conseguiu prender o suspeito e o encaminhou à delegacia. Assim, no dia seguinte ao crime, ocorreu uma audiência de custodia e a Justiça decretou a prisão preventiva de João Fernando.
O JULGAMENTO
Conforme o G1, os advogados que representam a família de Ivanilda Kanarski disseram que, diante da gravidade do caso, a pena deve ser aumentada. Já a defesa de João Fernando Nedopetalski disse que os jurados acataram o pedido da defesa e afastaram a qualificadora de feminicídio.
Conforme o advogado do réu, Jeffrey Chiquini, a defesa requereu com base nas provas do processo, a correta aplicação da lei. “Pois que nem toda morte de vítima mulher configura feminicídio. Respeitamos a soberania dos vereditos, mas recorreremos da dosimetria da pena”.
JÚRI DE MANVAILER
A Justiça remarcou na sexta (4) o júri popular de Luis Felipe Manvailer, acusado de matar a advogada Tatiane Spitzner, para 10 de fevereiro de 2021, às 9h. A remarcação ocorreu após pedido da defesa do réu preso justificada por incompatibilidade de datas.
A defesa do réu preso até o momento não se pronunciou sobre o adiamento desde quando a primeira data foi fixada em 25 de janeiro, e preferiu não se pronunciar sobre a nova data. Na ocasião, a defesa da família Spitzner informou que também não queria se pronunciar sobre a nova data, “temos apenas que aguardar” afirmaram.
O adiamento ocorreu depois que um dos advogados de defesa do réu preso atestou positivo para a covid-19. Um dia antes do início do júri, houve a notícia do adiamento. Desse modo, os advogados da Família Spitzner afirmaram que “a família de Tatiane estava preparada para que o júri acontecesse agora, confiante no resultado condenatório, mas a situação de contaminação por covid-19 por um dos integrantes é imprevisível e acarreta em um tratamento de maior cautela possível”.
Procurados pela reportagem no dia do adiamento, a defesa do réu afirmou “não estar sabendo” do fato. Porém, o Portal RSN teve acesso ao documento de solicitação dos profissionais.
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