A proposta inicial feita pela Secretaria de Estado da Administração, responsável pelo Serviço de Atendimento à Saúde (SAS), ao Hospital São Vicente não foi aceita pela provedoria da entidade. A mesma proposta foi colocada na mesa da direção do Hospital Santa Tereza durante reunião de representantes do Governo, na semana passada, em Guarapuava. Os dois hospitais apresentaram contrapropostas.
A proposta inicial feita para que o São Vicente assuma o atendimento conveniado e que beneficia 15.660 servidores públicos estaduais, além do Ministério Público e do tribunal de Justiça do Paraná, é inviável.
“A proposta que recebemos é de R$ 16,00 até o máximo de R$ 21,00 por vida. Isso não é possível. Fizemos uma contraposta que foi encaminhada na sexta-feira (3)”, disse o vice-provedor do Hospital São Vicente, José Alberto de Toledo à RSN na tarde desta segunda-feira (6). De acordo com Toledo, o Hospital pediu o repasse mensal de R$ 51,00 per capita e inclui na proposta uma parceria com o Hospital Santa Tereza. “Nós pensamos no coletivo e não no individual que , infelizmente, é o que acontece em Guarapuava”, afirma Toledo. A direção do Hospital Santa Tereza foi procurada com insistência pela RSN, mas segundo informações de assessores, a diretora Mariza Ferracin se encontrava em reunião com os proprietários do Hospital.
Outro entrave que provoca a resistência dos hospitais em assumir, mesmo que temporariamente o atendimento do SAS em Guarapuava, é o fato do governo estar em período de transição.
“O volume de dinheiro não é nem tanto o problema. Se assumimos esse compromisso com o SAS vamos montar uma estrutura para atender a demanda e temos apenas 20 dias do atual governo. Vamos ter que arcar com despesas de pessoal, de exames, para receber quando?” questiona Toledo.