terça-feira, 29 de jul. de 2025
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Hospital corre risco de corte de energia e faz apelo público à Energisa

Enquanto celebra feitos inéditos na gestão e no atendimento pelo SUS, hospital luta para continuar salvando vidas. Energisa esclarece o caso

Marlon Malassa, André Koster, deputada Cristina Silvestri e osdiretores da Energisa, Dalessandro Mafei e Reinaldo Juliani (Foto: divulgação)

O Hospital Santa Tereza, pilar da saúde em toda a Região, corre o risco iminente de ter o fornecimento de energia cortado. Diante da ameaça, a instituição fez um apelo público e urgente à Energisa, solicitando um prazo maior para uma negociação amigável de uma dívida de energia elétrica acumulada e com cobranças extrajudiciais e judiciais.

A diretoria do hospital esclarece que o débito não é da atual gestão. Conforme a diretoria, trata-se de um acúmulo de administrações passadas da Associação Instituto Virmond, pessoa jurídica que administrava o hospital. Hoje a nova diretoria luta para equacionar um problema histórico, enquanto mantém os serviços essenciais em funcionamento.

Conforme a diretoria, com o apoio da comunidade e de lideranças políticas, como a deputada estadual Cristina Silvestri, o Santa Tereza já tentou mediar a negociação, mas sem êxito.

O Instituto Virmond pede socorro e reconhece o débito. Buscamos diálogo com a Distribuidora Energisa por mais tempo para regularizar a situação.

O apelo público busca sensibilizar a Energisa para a situação delicada da instituição, que é filantrópico e com formatação de ‘Santa Casa’.

O hospital é o único na Região com UTI pediátrica e neonatal e atende mais de 650 mil pessoas de 22 municípios referenciados pela 5ª Regional de Saúde.

Portanto, uma interrupção no fornecimento de energia paralisaria cirurgias, UTIs e atendimentos de urgência e emergência.

Se isso ocorrer haverá um colapso sem precedentes no sistema de saúde. Afinal, o hospital presta mais de 120 mil atendimentos anuais pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com a diretoria, a situação é ainda mais dramática porque ocorre em um momento de recuperação para o hospital. Nos últimos dois anos, a nova gestão reestruturou as finanças, quitou passivos trabalhistas e alcançou o cumprimento inédito de 100% das metas do SUS.

De acordo com a diretoria, uma nova esperança para o futuro financeiro do hospital passa por um convênio recente com a Itaipu Binacional. Essa parceria, conforme diretores, tem o potencial de zerar as contas mensais de energia, tanto do Novo Santa Tereza, quanto do Hospital São Vicente. Contudo, essa solução não cobre o débito passado. Por isso, a diretoria “busca desesperadamente” um acordo para a dívida antiga.

Já a Energisa encaminhou nota oficial ao Portal RSN. No texto a Energisa esclarece que desde fevereiro de 2019 vem mantendo contato com a direção do Hospital, na tentativa de negociar amigavelmente os débitos acumulados e não quitados pela instituição.

NOTA DA ENERGISA ESCLARECE O CASO

“A Energisa esclarece que desde fevereiro de 2019 vem mantendo contato com a direção do Novo Hospital Santa Tereza (Instituto Virmond), de Guarapuava, na tentativa de negociar amigavelmente os débitos acumulados e não quitados pela instituição. Desde então, foram formalizados sete acordos de parcelamento da dívida, que hoje passa de R$ 1,5 milhão. Além dos acordos formais, que até o presente momento não foram cumpridos, a empresa vem buscando, por meio de conversas e reuniões mensais, uma solução para negociação da dívida junto aos administradores do hospital. 
A Energisa ainda se propôs a realizar várias ações para ajudar a instituição na arrecadação de recursos financeiros, com doações por meio das contas de energia e projeto de eficientização do prédio, visando economizar no consumo de energia. Infelizmente, todas essas alternativas não avançaram por falta de empenho do próprio hospital. 
É importante ressaltar que o serviço de distribuição de energia é uma concessão pública federal. Portanto, a Energisa possui obrigações legais junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o que inclui o acompanhamento e ações contra os casos de inadimplência. Tais situações podem colocar em risco a qualidade do serviço de distribuição de energia para todos os clientes.  
Mesmo havendo prazos legais para atuar nas situações de inadimplência, durante todo esse período a Energisa manteve o fornecimento de energia no hospital e segue empenhada e aberta a viabilizar a regularização da dívida junto ao hospital”. 

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Cristina Esteche

Jornalista

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