22/08/2023
Geral

IBGE: 7,4 milhões trabalham ou estudam fora da cidade onde moram

Diariamente, em todo o Brasil, 7,4 milhões de pessoas se deslocam da cidade onde moram para trabalhar ou estudar em municípios vizinhos. Em São Paulo, este trânsito chega a 1,75 milhão e no Rio, 1 milhão de pessoas.

A estimativa foi realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que apresentou um estudo sobre como as cidades do país são afetadas pelo movimento pendular, aquele pelo qual um morador de um município viaja a outro para trabalhar ou estudar e volta no fim do dia.

Cerca de 107 milhões de pessoas, o que representa 56% da população, moram nesses conglomerados. O maior deles, o que tem como referência a cidade de São Paulo, tem 19,6 milhões de habitantes. O segundo, o Rio de Janeiro, tem 11,9 milhões.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) passou a usar esse critério para definir a interação entre cidades -se entre duas ou mais delas há intercâmbio significativo de população, elas passam a formar o que os pesquisadores chamam de arranjo urbano.

O novo conceito usa um mesmo critério para apontar quais são as conglomerações urbanas no país inteiro, já que as regiões metropolitanas eram definidas por cada Estado. Os dados são do Censo de 2010.

Um arranjo pode ser de duas ou mais cidades -o de São Paulo tem 36 e é o maior. No total, são 294 arranjos populacionais, formados por 938 municípios (são 5.570 no país inteiro).

As cidades não precisam ser grandes para estarem nesse tipo de relacionamento. A maioria (63,6%) dos arranjos é de populações pequenas, com menos de 100 mil habitantes.

E nem todas as grandes concentrações de população são arranjos -Manaus e Campo Grande, por exemplo, não recebem uma quantia significativa de estudantes ou trabalhadores de cidades vizinhas, portanto são considerados municípios isolados.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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