22/08/2023
Política

IBGE aponta maior distribuição de renda e diminuição do analfabetismo no Paraná

A diferença de renda entre os mais ricos em relação aos mais pobres no Paranpa tem um dos menores percentuais do Brasil. O Estado também tem o segundo melhor resultado entre as famílias que conseguem chegar ao final do mês sem estourar o orçamento. De 2001 para 2009, mais de um milhão de pessoas foram alfabetizadas no Paraná. Estes são alguns dos dados divulgados nesta sexta-feira (17) na Síntese dos Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A renda das pessoas que compõem a faixa dos 10% mais ricos é 25 vezes maior que a renda dos 10% mais pobres no Paraná. No Brasil, essa diferença é 40 vezes maior. Este dado mostra que a distribuição de renda no estado tem evoluído nos últimos anos. A geração de empregos formais é apontada como a principal responsável. Desde 2003, foram 781.244 empregos com carteira assinada – um recorde histórico.
De acordo com o analista do IBGE, Luis Alceu Paganotto, houve um crescimento expressivo na contribuição previdenciária, em todos os graus de escolaridade, mostrando que o aumento de emprego formal se deu em todos os níveis. Entre as pessoas sem instrução, a contribuição previdenciária aumentou de 20,7%, em 1999, para 27,5% em 2009. Na outra ponta, entre os trabalhadores que possuem curso superior, a contribuição passou de 75,8% para 82% no mesmo período. “Os empregos cresceram em todo o Brasil e no Paraná estes indicadores foram muito fortes”, afirmou.
No Brasil, 20% das famílias possuem dificuldade em fechar o mês sem estourar o orçamento. No Paraná, esta proporção é de 10%, segundo menor percentual, ficando atrás somente de Santa Catarina, onde 9% das famílias possuem a mesma dificuldade. A melhor qualidade de vida se traduziu na esperança de vida ao nascer, que no Paraná passou de 71 anos, dado de 1999, para 74 anos, em 2009.
Outro dado positivo é a alfabetização. Em oito anos, mais de um milhão de pessoas foram alfabetizadas no Paraná. O percentual de pessoas analfabetas com mais de 15 anos de idade, que era de 8,6% em 2001, caiu para 6,7% em 2009. Esta taxa pode ser ainda menor, segundo Paganotto. Ele observa que estes são dados amostrais, no qual o número de pessoas analfabetas entrevistadas na amostra acaba sendo muito pequeno, por isso, os índices ficam alguns anos quase sem alteração. AEN

Cristina Esteche

Jornalista

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