A taxa de desemprego no Brasil ficou em 13,7% no trimestre encerrado em julho. Mas ainda atinge 14,1 milhões de brasileiros. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa uma redução de 1 ponto percentual em relação à taxa de desemprego dos três meses anteriores (14,7%). Além disso, a menor taxa de desemprego no ano, com o mercado de trabalho tentando buscar uma recuperação da crise provocada pela covid-19.
O dado também representa estabilidade em relação à taxa de desemprego em julho de 2020, que era de 13,8%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). No levantamento anterior, referente ao trimestre encerrado em junho, a taxa de desemprego ficou em 14,1%, atingindo 14,4 milhões de pessoas.
CONTRASTE DE INFORMAÇÕES
De acordo com o IBGE, o recuo na taxa de desemprego teve influência principalmente, pelo aumento no número de pessoas ocupadas, que cresceu em 3,1 milhões em relação ao trimestre encerrado em abril, para 89 milhões. Os dados do IBGE, embora mostrem leve melhora na situação do desemprego no país, contrastam com os divulgados ontem (29), pelo Ministério do Trabalho.
Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), houve a criação de 372.265 empregos com carteira assinada em agosto. Em julho – mesmo mês da pesquisa atual do IBGE – foram 303,3 mil vagas. Analistas sugerem que a mudança de metodologia do Caged, no início de 2020, seria a responsável pela discrepância dos dados.
Assim, segundo o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, a nova metodologia gerou um “descolamento” dos dados do emprego formal com o nível de atividade. Por fim, o economista defende que os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) parecem ser mais confiáveis.
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