22/08/2023
Agronegócio Brasil Economia

IBGE estima queda de 1% na safra de grãos em 2020

Esta é a segunda maior estimativa de safra da série histórica iniciada em 1975. Ficando atrás apenas de 2017, com 240,6 milhões

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A estimativa do IBGE é de uma diferença de 2,3 milhões de toneladas em relação ao ano anterior (Foto: Agência Brasil)

A primeira estimativa para a safra nacional de grãos do ano que vem indica queda de 1% na produção, divulgada essa semana. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), serão colhidas 238,5 milhões de toneladas. Assim, corresponde a uma diferença de 2,3 milhões de toneladas em relação ao ano anterior.

De acordo com a Agência Brasil, esta é a segunda maior estimativa da série histórica iniciada em 1975. Ficando atrás apenas de 2017, com 240,6 milhões. Além disso, conforme o IBGE, a redução tem como causa uma produção menor prevista para o milho (-7,5%). Para a soja, espera-se um crescimento de 4,7%..

Assim, três dos cinco produtos de maior peso também devem ter menor produção: o algodão herbáceo (-0,1%), o feijão 1ª safra (-1,5%) e o milho 1ª safra (-1,2%). As estimativas apontam perspectivas melhores para a soja, com o crescimento de 4,7%. Outro que deve ter variação positiva é o arroz (1,6%).

ÁREA

Assim, com relação à área plantada, os dados são positivos para o algodão herbáceo em caroço, que pode ter crescimento de 4,4% no espaço atual atual, que é de 1,7 milhão de hectares. Conforme o IBGE, as chuvas mais abundantes e regulares nas principais Regiões produtoras do Mato Grosso e da Bahia beneficiaram as lavouras, que alcançaram produtividade elevada (4 234 kg/ha) neste ano.

“Para 2020, as incertezas quanto ao clima estão reduzindo a estimativa do rendimento médio”, informa o instituto.

Por isso, o prognóstico para a soja é de elevação de 0,8% da área plantada e para o milho, de 0,4%. As reduções ficarão por conta da área do feijão primeira safra (-0,3%) e do arroz (-0,9%).

FEIJÃO

A primeira estimativa da produção de feijão para a safra 2020 indica a produção de 2,8 milhões de toneladas, o que representa recuo de 7,0% em relação à safra de 2019. Segundo o IBGE, a primeira safra deve produzir 1,3 milhão de toneladas; a segunda safra, 1,1 milhão de toneladas e a terceira safra, 461,9 mil toneladas.

Além disso, o IBGE informou que como o plantio e a colheita da segunda e terceira safra de feijão vão ocorrer em 2020, as estimativas de produção podem ter grandes alterações nos próximos prognósticos.

SAFRA 2019

O IBGE também divulgou ainda que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve chegar a 240,8 milhões de toneladas. Ou seja, será 6,3% superior à de 2018, que registrou 226,5 milhões de toneladas. O resultado significa crescimento de 77,5 mil toneladas em relação à estimativa do mês anterior.

O recorde anterior ocorreu em 2017, com a produção de 238,4 milhões de toneladas. A estimativa da área a ser colhida é de 63,1 milhões de hectares, com alta de 3,6% na comparação a 2018.

Juntos, arroz, milho e soja, os três principais produtos do grupo, somaram 92,8% na estimativa da produção e 87,0% da área a ser colhida.

A produção estimada da soja é de 113,0 milhões de toneladas. O milho terá uma produção recorde de 100,2 milhões de toneladas (25,9 milhões de toneladas de milho na primeira safra e 74,3 milhões de toneladas de milho na segunda safra).

Para o arroz , a produção é estimada em 10,3 milhões de toneladas. O algodão pode bater recorde na série histórica do IBGE, com a produção de 6,9 milhões de toneladas. Em comparação a 2018, houve queda de 4,1% para a soja e de 12,0% para o arroz, mas também crescimento de 23,2% para o milho e de 39,7% para o algodão herbáceo.

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Cristina Esteche

Jornalista

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