Tudo indica que o cerco está se fechando para o senador paranaense Sergio Moro. É que o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um inquérito contra o ex-juiz federal. A investigação vai apurar supostas fraudes na delação premiada do ex-deputado estadual Tony Garcia. Por meio de uma nota, Moro negou a existência de qualquer irregularidade no processo.
De acordo com o Uol, o pedido para abertura do inquérito partiu da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR). Os órgãos buscam apurar indícios de que Moro, na condição de juiz, teria chantageado Garcia para que ele aceitasse espionar outros juízes. Entre estes encontram-se ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Isso era parte de acordo no processo que investigava supostos esquemas de corrupção no extinto Consórcio Garibaldi em 2004.
De acordo com a PGR, Moro teria transformado Garcia “por longo tempo” em um “instrumento de constrangimento ilegal”. A permissão para que o caso fosse investigado foi proferida no final de 2023, e tornada pública na segunda (15). O G1 conseguiu acesso aos autos.
Ocorre que em setembro, um relatório da Polícia Federal vazado pela Globo News trouxe à tona conversa telefônica entre os dois. Moro cobra Garcia por não conseguir gravações das pessoas desejadas.
De acordo com a assessoria de comunicação de Sergio Moro, a defesa jurídica não conseguiu acesso aos autos, e o processo contra Tony Garcia foi conduzido sem irregularidades. O senador também nega “os fatos afirmados no fantasioso relato do criminoso Tony Garcia, a começar por sua afirmação de que “não cometeu crimes no Consórcio Garibaldi”.
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