O estudante de Administração da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), o indígena Joares Alves, assumiu a presidência do Conselho Tutelar de Mangueirinha, no Sudoeste paranaense. Natural da Tribo Kaingang, ele é o primeiro indígena eleito conselheiro tutelar no Paraná. O Conselho Tutelar de Mangueirinha atua há quase 30 anos no município.
De acordo com a Agência Estadual de Notícias, Joares atribui a conquista ao ingresso na Universidade. “Ao longo da graduação, fui adquirindo conhecimento e experiência, e isso me habilitou a concorrer tanto para a vaga de conselheiro tutelar quanto para a função de presidente do colegiado”.
Conforme Joares, o presidente de um conselho tutelar abrange atividades de coordenação, com autonomia para empreender ações mais direcionadas à garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes.
Minha atenção está voltada ao município como um todo. Mas como conheço bem os desafios da reserva indígena, pretendo implementar parcerias estratégicas com outras instituições, contemplando projetos para essa comunidade.
Conforme disse o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Nelson Bona, é fundamental que os povos indígenas ocupem, cada vez mais, espaços na sociedade.
“O ingresso de jovens indígenas em cursos de graduação contribui para ampliar a diversidade na comunidade universitária e no meio acadêmico, assegurando a efetivação de direitos de cidadania para esses povos”.
MUNICÍPIO
Localizada no Sudoeste do Paraná, Mangueirinha tem pouco mais de 17 mil habitantes. O dado é do censo mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2021, a cidade vai completar 75 anos.
De acordo com levantamento da AEN, o índice médio de mortalidade infantil é de 7,91 para cada mil crianças nascidas vivas.
Já a taxa de escolaridade das crianças com idade até 14 anos é de 97,6%, percentual idêntico ao de Curitiba. Entretanto, no que se refere à qualidade do ensino nas escolas públicas, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) soma 5,5 e 4,4 pontos, respectivamente, nos anos iniciais e nos anos finais do Ensino Fundamental. Conforme a AEN, isso em uma escala de zero a 10.
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