Funcionários da Secretaria de Assistência à Saúde Indígena (Sesai) entraram em greve em Curitiba, sede do órgão do Ministério da Saúde. Em apoio ao movimento, lideranças indígenas ocupam a sede da Secretaria desde às 6h desta quarta (10).
De acordo com um dos líderes da aldeia de Marrecas, no município de Turvo, Geovane dos Santos, indígenas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro apoiam a paralisação que, segundo ele, não tem dia e nem hora para acabar. “Vamos ficar aqui até o Governo Federal repassar os recursos às conveniadas”.
Equipes de saúde que atuam nas aldeias desses estados estão sem pagamento há cerca de três meses. “O que conversamos com o governo só ficou na conversa”. Segundo Geovane, a mobilização que já começou com bloqueio de rodovias no último dia 23 de março é um protesto, principalmente, pela proposta do governo em municipalizar o atendimento à saúde indígena, o que colocaria essas etnias no mesmo patamar da população não indígena. “Hoje temos recursos e atendimentos específicos”, observa Geovane.