A indignação popular traduzia nas letras dos sambas-enredos foi a grande campeã do carnaval no desfile das Escolas de Sambo no Rio de Janeiro. Desigualdade social, intolerância, reforma trabalhista, corte de recursos para as escolas de samba, foram os temas cantados pelas campeãs deste ano.
A primeiríssima Beija Flor de Nilópolis chegou ao 14º campeonato com um samba que não poupou críticas ás mazelas sociais de um “Brasil monstruoso”. Corrupção, desigualdade, violência e intolerâncias de gênero, racial, religiosa e esportiva contrastaram com Frankenstein. “Monstro é aquele que não sabe amar …… os filhos abandonados da pátria que os pariu… não só foi cantado por Neguinho da Beija Flor como também levantou o público na Marquês de Sapucaí.
A segunda colocada, Paraíso de Tuiuti tratou da escravidão no Brasil, condenando também a reforma trabalhista. Um vampiro com faixa presidencial foi levado no último carro alegórico da escola.
Já a Mangueira, que foi a terceira colocada, não poupou críticas à Prefeitura do Rio de janeiro com o corte de verbas das escolas de samba.
Foto da capa: Mauro Pimentel/AFP