A prévia da inflação oficial do país, ficou em 1,17% em novembro. Mesmo após ter registrado taxa de 1,20% em outubro, dados divulgados nesta quinta (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a variação é a maior para um mês de novembro desde 2002.
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), os números são uma resposta pela alta da gasolina. Com o resultado, o IPCA-15 acumula alta de 9,57% no ano. Trata-se da maior taxa para um intervalo de um ano desde fevereiro de 2016.
Desta forma, a inflação acumulada segue acima do dobro da meta para o ano. Conforme o governo, a meta para o IPCA em 2021 era de 3,75%, com intervalo de tolerância entre 2,25% a 5,25%. Em 2020, a inflação oficial representou 4,52%.
GASOLINA ACUMULA ALTA
A gasolina acumula alta de 48% em 12 meses. Mais uma vez a vilã da inflação, com alta de 6,61%, que representou o maior impacto individual no índice do mês (0,40 ponto percentual). Sendo assim, no ano, o combustível acumula variação de 44,83%.
Contudo, também houve altas no mês nos preços do óleo diesel (8,23%) e do etanol (7,08%). Assim como do gás veicular (2,59%). Conforme as informações, no acumulado de 12 meses, o etanol subiu 62,56% e o diesel 48,12%.
GÁS E ENERGIA ELÉTRICA TAMBÉM NAS ALTURAS
Entretanto, a maior variação e o maior impacto vieram dos transportes. Em seguida, saúde, habitação e cuidados pessoais. Já a energia elétrica subiu quase 1% em novembro. Todavia teve variação menor que a de outubro, que atingiu quase 4%. Dessa forma, em 12 meses o avanço é de 31,28%.
Porém, vale lembrar que desde setembro está em vigor a bandeira tarifária Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.
ALIMENTOS
Em 12 meses, o preço das carnes acumulou aumento de 15,02%. Por outro lado, os preços da batata-inglesa subiram mais que o observado em outubro e a cebola teve variação positiva.
PIORA DA EXPECTATIVA
Conforme a última pesquisa Focus do Banco Central, há a expectativa de 10,12% de aumento da inflação para o mercado financeiro neste ano. Sendo assim, representa a 33ª semana seguida de aumento. Se confirmada a previsão, essa será a primeira vez que a inflação atinge o patamar de dois dígitos desde 2015.
Para 2022, a projeção para a inflação subiu para 4,96%. No ano que vem, a meta central de inflação será de 3,50%. Com isso, a estimativa se aproxima cada vez mais do teto do sistema de metas.
A piora nas projeções para os indicadores econômicos tem sido afetada principalmente pelas incertezas sobre a trajetória das contas públicas e responsabilidade fiscal diante das manobras e propostas em tramitação no Congresso para driblar o teto de gastos e abrir espaço no orçamento para bancar gastos, como o Auxílio Brasil de R$ 400 no ano eleitoral de 2022.
(*Com informações do G1)
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