22/08/2023
Cotidiano

Início de 2009 é bom para setor de automóveis

imagem-3171

Guarapuava – Depois de um final de ano preocupante devido à drástica redução nas vendas de automóveis, as concessionárias voltam a se animar. De acordo com a Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que divulgou a primeira lista de vendas referente a 2009 tendo como base o mercado de veículos novos na primeira quinzena de janeiro, houve uma alta de 9,15% com relação ao mesmo período de dezembro de 2008. Nas duas primeiras semanas de janeiro, o total de automóveis e veículos comerciais leves emplacados chegou a 94.547 unidades (79.477 carros e 15.070 comerciais leves), contra 86.619 de dezembro do ano passado.
Houve uma queda, porém, na comparação com janeiro de 2008, de 1,22%, mas o cenário era outro. Diferente da euforia e expectativa de ascensão, que marcava o mercado há um ano, o início de 2009 chega com receio por parte das montadoras, que só não é maior por conta da ajuda governamental – anúncios de incentivo ao crédito e redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
O mercado de automóveis e comerciais leves apresentou um aumento de 3,16% sobre dezembro, com 189.729 unidades vendidas. Entretanto, quem puxou o desempenho da categoria foi a venda de automóveis, com alta de 5,11% em relação a dezembro, para 158.255 unidades. Isso porque, a venda de comerciais leves caiu 5,63%, para 31.474 unidades.
Segundo Cleodir Balena, do setor de vendas de uma revenda multimarcas, o começo deste ano está animador. “Este período está bem melhor, ainda é cedo para fazermos uma avaliação, pois ainda estamos no começo do ano, mas acredito que 2009 será um ano promissor”, diz.
Ele aponta que, nos meses de novembro e dezembro do ano passado, a venda de automóveis registrou queda drástica de até 70%. “Mas como as condições melhoraram, com taxas de juros menores, o cenário já se alterou”. De acordo com o vendedor, o veículo novo é mais procurado que o semi-novo. “Os juros do novo que chegou a 2,20% no ano passado hoje sai por 1,69%, isso para veículo todo financiado. Com entradas de 50% do valor do automóvel, o juro é de 0.99%”, observa.
Projeção
No final do ano passado a Fenabrave refez suas projeções de vendas de automóveis e comerciais leves para 2009, prevendo uma queda de 19% sobre 2008. Segundo as estimativas, serão comercializados, em 2009, um total de 2.155.000 de automóveis e comerciais leves, contra 2.661.046 unidades previstas para 2008, ano que terá crescimento acumulado de 13% sobre 2007. No início do ano, a entidade havia previsto crescimento de 20% para 2008. A entidade deverá reavaliar suas projeções no decorrer do primeiro semestre de 2009.

Os queridinhos do consumidor
Até o começo do ano, a liderança no mercado de carros de passeio ficou com a GM, que deixou a Fiat e Volkswagen para trás. Isso ocorreu, principalmente, por conta do desempenho de sua linha de sedãs Corsa/Classic, que se não derrubou o Gol da posição de carro mais querido pelo consumidor brasileiro, conseguiu se aproximar bastante do líder virtualmente imbatível.
A liderança, contudo, é pequena e localizada. Se a GM obteve 22,80% da participação no mercado de carros novos, a Fiat vem logo em seguida com 22,55% e ainda mantém o posto de principal montadora do país, já que lidera também o ranking de veículos comerciais leves (19,15%). Depois aparecem a Wolkswagen (21,85%), Ford (11,34%), Renault (5,52%), Honda (5,51%), Citröen (3,55%), Pegeout (3,27%) e Toyota (1,64%).
Na listagem abaixo, os 15 modelos de maiores vendas na primeira quinzena de janeiro:
1º) Volkswagen Gol – 8.195 unidades
2º) Chevrolet Corsa/Classic – 6.537
3º) Fiat Mille – 5.587
4º) Fiat Palio – 5.145
5º) Chevrolet Celta – 3.815
6º) Fiat Siena – 3.086
7º) Ford Fiesta hatch – 3.058
8º) Ford Ka – 2.844
9º) Honda Civic – 2.659
10º) Volkswagen Fox/CrossFox – 2.533
11º) Fiat Strada – 2.033
12º) Chevrolet Prisma – 1.908
13º) Ford EcoSport – 1.870
14º) Chevrolet Corsa hatch – 1.779
15º) Volkswagen Voyage – 1.733

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.