O ano mal começou e já é possível notar o aumento de casos de violência contra a mulher em Guarapuava. Somente nessa segunda (4), a Polícia Militar registrou quatro situações do gênero em diferentes bairros da cidade. Em uma delas, um homem chegou a agredir o vigilante do prédio da ex-mulher, após ser impedido de entrar. E todos os dias, há pelo menos um registro deste tipo de situação.
No Estado, a situação não é diferente. Ontem (4), uma mulher foi encontrada enterrada dentro da própria casa, depois de ter sido assassinada pelo marido em Fazenda Rio Grande, Região Metropolitana de Curitiba. E a situação se repete no Distrito Federal, São Paulo, Espírito Santo e assim por diante.
O fato é que diversos fatores podem influenciar para este tipo de situação nesta época do ano. É o que explica o psicólogo Silvio Luiz Ortiz.
Temos o problema da pandemia, que já foi um dos fatores que colaborou para o aumento da violência, e inclusive, o número de divórcios. Nós temos ainda a situação de que muitas pessoas no fim do ano tem dificuldade, tem problemas, ficam mais sensibilizadas, e pode se somar ainda ao alto consumo de bebida alcoólica nesta época.
Além disso, sobre os homens que cometem este tipo de violência, o profissional explicou que antes, pela questão da sociedade, o homem mandava e a mulher obedecia. Geralmente, a mulher não conseguia se defender disso, não tinha renda própria nem autonomia, era um outro contexto social.
“Agora com a independência feminina, se ela não for tratada bem, se o homem não coopera, a tendência da mulher, é tomar o rumo dela. Então a relação desponta neste cenário. As mulheres estão cada vez mais predominando o mercado de trabalho, nos concursos, nas universidades e quando combina o fator de mulher independente e um homem com características violentas, infelizmente ocorrem essas tragédias”.
As mulheres vítimas de qualquer tipo de violência podem fazer denúncia on-line.
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