22/08/2023
Educação Guarapuava

Inovadora, nova sede do CCBEU impressiona pelo conceito

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Cristina Esteche, com fotos de Taís Nichelle

Guarapuava –  Um novo conceito em ensino do idioma inglês aliado à uma estutura física de vanguarda a partir de projeto arquitetônico inspirado em experiências internacionais. Assim é a nova escola do Centro Cultural Brasil Estados Unidos (CCBEU), em Guarapuava.

Inaugurada na noite dessa quinta feira (18), numa solenidade concorrida que trouxe o adido cultural do Consulado dos Estados Unidos, em São Paulo, Scott Smith e sua assistente Joyce Costa, a nova estrutura surpreendeu a todos. “Não existe no Brasil uma estrutura como essa. Eu não tenho adjetivos para traduzir esse projeto inovador que é uma expressão física de um conceito que a gente usa para aprender inglês”, disse Scott Smith à RedeSul de Notícias. “É um ponto de empoderamento e de orgulho para cidade”, intervem Joyce Costa.

(Mr. Smith impressionado com a estrutura do CCBEU/Guarapuava)

Prestigiando a solenidade, o prefeito Cesar Silvestri Filho (PPS), disse que a obra do CCBEU representa um novo tempo para Guarapuava. “É a maior prova de fé no desenvolvimento da cidade. Estou impressionado”, assegura o prefeito.

(0 arquiteto Diego Francischini, a empresária Silvana Dalla Vecchia Küster e o prefeito Cesar Silvestri Filho)

Para quem conheceu a nova estrutura do CCBEU, nem mesmo os elogios acima traduzem a obra, que alia bom gosto, modernidade e responsabilidade social, em um projeto autosustentável e eficiente.

NOVA ESTRUTURA

Para se ter uma ideia, a nova estrutura da escola de inglês foi construída em uma área ampliada de mil metros quadrados que se unem a outros 400 metros quadrados reservados à parte administrativa.

Logo na entrada, o hall foi concebido para levar o espaço externo para o interior. Um teto de vidro com paredes também envidraçadas, além de plantas, dão um toque especial ao ambiente no projeto do arquiteto Diego Francischini.

A cantina com culinária exclusivamente americana fica em seguida do hall e possui mesas em um jardim ao fundo. As portas pivotantes ganham espaço no ambiente e se abrem para outro local para eventos.

Salas de jogos para aprender brincando e cozinha para aulas de culinária enriquecem o aprendizado dos alunos.

Uma moderna escada leva ao segundo piso onde professores e alunos têm uma sala de cinema, com 33 lugares. “São aulas durante a exibição de filmes”, explica Diego. Atrás, um camarim oferece várias fantasias para os alunos possam entrar no tema da aula que está sendo dada.

Caminhando mais um pouco, há o learning , um novo conceito para atividades extras. É uma sala com 18 computadores de última geração e jogos onde o aluno pode esclarecer dúvidas, elaborar projetos de viagens, negócios e interagir com todos os níveis de aprendizado.

Pensado de forma para ser autosustentável, a nova sede do CCBEU conta com captação de água da chuva, ventilação cruzada, terraço verde (que reduz a temperatura do ambiente durante os dias quentes) e piso aquecido para os dias de inverno. “Aberturas e vidros foram projetados para a utilização da luz natural”, diz o arquiteto. Na área externa, uma parede com samambaias refresca o ambiente interno. O local é dotado de piscina para as crianças. De um lado, um corredor marca a transição do antigo para novo e separa a parte administrativa da área de conhecimento.

Nas salas de aulas a inovação própria do século XXI, como frisou Scott Smith, se faz presente.  De acordo com Diego Francischini, as mesas foram projetadas para não existir hierarquia entre aluno e professor. “Quebramos o paradigma da sala tradicional em que os alunos sentam um atrás do outro”.

Plotagens nas paredes colorem o ambiente e alegram o espaço. Almofadas permitem que o aluno sente no chão. A liberdade é a regra no CCBEU. “Adolescentes, pré adolescentes, jovens, podem participar das aulas à vontade”, observa Diego.

Na sala kids, super heróis na paredes e fantasias dão uma visão de como as aulas acontecem.

Como se não bastasse tudo isso, o MakerSpace, ou ambiente de criação, auxilia o aluno a construir o conhecimento. "Faça você mesmo!" Essa é a tônica deste espaço com impressora 3D, que visa despertar as habilidades e o interesse do aluno para outras áreas do conhecimento”, explicou a professora Rhuanna Santos, coordenadora de curso.

Distrubuído em cinco pisos, o prédio abriga também, terraços – um deles, com horta – para a realização de aulas. Grama sintética e muito verde compõem o ambiente.

“Absolutamente espetacular. Parabenizo a Silvana [Dalla Vechia Küster, proprietária da escola] pelo conceito didático e arquitetônico. É um espaço único”, disse o adido cultural dos EUA, Scott Smith.

(Cesar Silvestri Filho, irmãs do Colégio Nª Sra de Belém, Silvana Dalla Vecchia Küster, Scott Smith e Diego Francischini)

MISSÃO

Para a empresária Silvana Dalla Vecchia Küster, dona do empreendimento, o mundo precisa de soluções imediatas, as pessoas precisam estar conectadas com o mundo, precisam falar inglês. “Este projeto começou há anos e quisemos fazer o melhor para Guarapuava. A cidade é muito boa para nós”.

A empresária não quis reveler o valor do investimento financeiro e considera o empreendimento como uma missão. “Quando a mulher decide fazer alguma coisa não pensa em dinheiro, mas entende que se trata de uma missão”.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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