Uma dívida de cerca de R$ 12 milhões é o que assombra o Instituto Virmond, antigo Hospital Santa Tereza, em Guarapuava. O valor exposto pelo novo gestor Marcos Antonio de Souza provêm de débitos com médicos, com fornecedores de insumos, laboratórios, entre outros. “Há médicos que estão sem receber há dois anos. E quero aqui reconhecer a solidariedade desse profissionais que não deixaram de prestar atendimento”.
Conforme o gestor que está à frente do Instituto há uma semana, a folha de pagamento conta com 377 funcionários e mais 105 médicos, fisioterapeutas e outras especialidades. “Os funcionários estão com atraso no pagamento da parcela ainda do 13º salário de dezembro de 2021”.
No entanto, a estrutura que conta com 180 leitos entre enfermaria, hotelaria e quartos, atende cerca de 99% de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O universo é de cerca de 500 mil habitantes em Guarapuava e Região.
CRISE
A crise na qual o Instituto Virmond está mergulhado há muitos anos, coloca a saúde em risco de colapso. Há cerca de pouco mais de um mês o setor de ortopedia estancou o atendimento. A falta de pagamento dos honorários médicos e de insumos, principalmente para cirurgias, paralisou a atividade. “Para se ter uma ideia cerca de 60% da demanda é de ortopedia”.
Desse modo, para suprir esse vácuo, o novo gestor disse que ele assumiu esse setor em abril. “Uma equipe nossa vem de Curitiba semanalmente para fazer as cirurgias”. Outro setor, totalmente afetado pela falta de médicos, é a ala pediátrica e a UTI Neonatal. Uma semana antes da Páscoa, sem nenhum profissional para prestar o atendimento, essa especialidade fecharia as portas. “Isso só não ocorreu porque então o hospital seria interditado”.
De acordo com Marcos Antonio de Souza que também administra o Hospital Santa Madalena Sofia em Curitiba, o Instituto Virmond tem uma arrecadação mensal de perto de RF$ 2,8 milhões por mês. Isso gera um déficit de cerca de R$ 500 mil mensais. “Para gerar um equilíbrio precisa de mais R$ 1 milhão por mês. Assim conseguiríamos contornar a situação atual e equilibrar as contas”.
APELO
Assim sendo, numa conversa aberta com o Portal RSN nesta quarta (3) o novo gestor disse que o diferencial da administração será a transparência. “Precisamos que a sociedade, os empresários e os políticos tenham um olhar diferenciado para o Instituto Virmond. Vamos prestar contas mensalmente de tudo o que entra e onde está sendo aplicado”.
Conforme Marcos, outras gestões deixaram de fazer ou fizeram. São coisas que ficaram no passado. “Pra nós o que interessa é o que vamos fazer daqui pra frente. Queremos resolver essa situação. Porque se o hospital fechar vai ser um caos para Guarapuava e Região”.
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