22/08/2023
Saúde

Inverno favorece novos casos de Asma

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Sabe-se que, em razão do clima frio do inverno, uma gama de enfermidades surge para atrapalhar a vida dos brasileiros, especialmente as respiratórias. Bronquite, sinusite, rinite e tuberculose são apenas alguns dos exemplos que acometem especialmente um grupo de risco formado por diabéticos e hipertensos.

Chiado no peito, tosse seca e constante, cansaço e, principalmente, falta de ar são fortes indícios de uma crise respiratória provocada pela doença. “A asma é hereditária e não tem cura, mas hoje existem tratamentos que permitem seu controle, ou seja, com a correta medicação, o paciente pode viver normalmente como se não fosse portador do problema. Contudo, é essencial que o diagnóstico seja feito ainda na infância”, explica a Dra. Angela Horta, pneumologista e consultora da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

A asma nada mais é do que uma inflamação dos bronquíolos, isto é, canais de ar dos pulmões que, quando entupidos, impedem a circulação do ar, dificultando a respiração. O asmático costuma ter suas primeiras crises ainda na infância. O maior erro nesses casos, segundo a especialista, ocorre quando o indivíduo crê que curou-se da doença por não demonstrar mais nenhum sintoma do problema. O que realmente acontece é que, mesmo incurável, a asma pode apresentar longos períodos de inatividade. O paciente cresce e desenvolve uma defesa do sistema imunológico, porém, está sujeito a um novo quadro ao longo da vida.

No entanto, algumas atitudes simples mudam o panorama da asma, a começar pelo momento do diagnóstico. A Dra. Angela Honda revela que alguns médicos demonstram receio ao informar seus pacientes o resultado positivo para a asma. “A doença ainda é encarada com temor por especialistas. É ideal que seja desmistificado o conceito de que a asma é um bicho de sete cabeças. O controle é a melhor solução”, recomenda.

A Associação Brasileira dos Asmáticos (ABRA) aponta outras dicas importantes:

– Tratar da asma não é somente fazer inalações e tomar remédios como os broncodilatadores, mas também mudar o estilo de vida para ganhar mais qualidade, como praticar exercícios físicos – a natação é um excelente aliado, e cuidar da alimentação evitando ingerir produtos que provocam a asma;

– No caso de gravidez, os medicamentos indicados para tratar da doença são seguros para o bebê na maioria dos casos. É preciso entender que asma não controlada irá prejudicar muito mais o bebê do que os medicamentos que a mãe utilizar, mas não se deve usá-los por conta própria ou porque "deram certo" com outras pessoas;

– Não existe asma causada exclusivamente por fatores emocionais, entretanto, pode servir de agente provocador de uma crise que pode influenciar no estado emocional da pessoa. A educação do paciente e de sua família é fundamental para transmitir segurança e combater os aspectos negativos da doença.

Cristina Esteche

Jornalista

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