O presidente da Itaipu Binacional, Enio Verri, reagiu a uma reportagem na mídia nacional. O texto tenta reduzir a missão da estatal a uma mera planilha de números, desconectada da realidade e do impacto transformador que os investimentos têm na vida de milhares de pessoas.
De acordo com Verri, se faz necessário esclarecer um ponto fundamental. “A Itaipu não é apenas uma geradora de energia. É também uma agente de desenvolvimento regional. Uma instituição que historicamente investe na sustentabilidade e na melhoria das condições de vida das comunidades que a cercam”.

Itaipu Binacional (Foto: Sara Cheida)
No entanto, conforme Enio Verri, há aqueles que sugerem, “equivocadamente”, que os investimentos socioambientais da Itaipu impactam diretamente na tarifa de energia paga pelos consumidores das Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. “Essa informação é errada”. Ele diz que a tarifa é definida por critérios técnicos e acordos internacionais, sem relação com investimentos em desenvolvimento social.
“Nossa missão é clara: produzir energia com responsabilidade socioambiental, garantindo que o desenvolvimento não seja privilégio de poucos, mas uma realidade compartilhada por todos”.
O PROPÓSITO
Desde criação da binacional, a Itaipu se comprometeu com o meio ambiente e com as populações que vivem na área de influência da empresa. O primeiro convênio assinado por Itaipu ocorreu em 1974, com a Universidade Federal do Paraná e o Governo estadual. Tratava-se da elaboração do Plano de Desenvolvimento Urbano do Município de Foz do Iguaçu, conforme o histórico.
Através dos convênios revitalizamos matas ciliares, promovemos a conservação da biodiversidade e incentivamos soluções sustentáveis para a produção de energia, como o biogás, que tem mudado a vida de pequenos produtores rurais.
De acordo com Verri, o compromisso da Itaipu vai muito além de um discurso. Hoje, a Itaipu está investindo em todos os 434 municípios do Paraná e do Sul do Mato Grosso do Sul, em parceria com as Prefeituras. “E não vamos parar. Independentemente das críticas infundadas, seguimos firmes na certeza de que o progresso precisa chegar a quem mais precisa”.
TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E INCLUSÃO SOCIAL
O programa de biogás, por exemplo, é um dos muitos exemplos de como Itaipu alia tecnologia, inovação e inclusão social. Pequenos produtores, antes limitados por dificuldades energéticas e altos custos de produção, agora transformam dejetos animais em energia. Isso se traduz em geração de renda e reduz impactos ambientais.
Isso não é assistencialismo, é desenvolvimento sustentável na prática.
Outra iniciativa considerada exemplar é o apoio da Itaipu aos catadores de materiais recicláveis de mais de 50 municípios, incluindo Santa Terezinha de Itaipu. O investimento em infraestrutura, capacitação e organização dessas cooperativas permitiu que trabalhadores antes marginalizados se tornassem protagonistas de uma economia circular que agora está sendo expandida para 170 cidades do Paraná e do Mato Grosso do Sul.
O impacto vai muito além da reciclagem: está na dignidade, na geração de renda, na oportunidade de um futuro melhor para essas famílias.
E Verri continua: “O que dizer das favelas? Para alguns, essas comunidades são apenas um número em um censo. Para a Itaipu, são territórios repletos de talento, esperança e potencial de transformação”. Como observa Verri, o projeto Bio Favela – Cufa e Itaipu pela Vida na Favela é uma prova disso.
“Levar esporte, cultura e qualificação profissional para essas Regiões é investir no futuro. É criar caminhos de inclusão e promover oportunidades para jovens que, de outra forma, poderiam ser esquecidos pelo poder público e pela sociedade.”
COMPROMISSO COM AS PESSOAS
Críticas sempre são bem-vindas quando construtivas, afirma o presidente da Itaipu. “No entanto, aqueles que atacam os investimentos socioambientais da Itaipu ignoram um fato fundamental: nosso compromisso é com as pessoas. Especialmente aquelas que, muitas vezes, são invisíveis para alguns, mas que para nós, são a chave para um futuro mais justo e sustentável”.
Ele se refere a ribeirinhos, pequenos agricultores, catadores de recicláveis, moradores de favelas, entre tantos outros. ” São pessoas importantes para a economia do Brasil e que precisam estar presentes nos projetos de desenvolvimento nacional”. Por fim, ele diz que a Itaipu seguirá firme na missão de transformar energia em desenvolvimento, com responsabilidade, transparência e impacto real.
“Nossos investimentos continuarão a gerar mudanças positivas, independentemente das narrativas que tentem reduzir essa história a meros números. Porque, para nós, cada projeto representa muito mais que um convênio: é um futuro melhor para quem mais precisa”.
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