Uma jovem de 21 anos denunciou um comerciante de 48 anos por injúria racial no começo da noite dessa quinta (22) em Guarapuava. De acordo com relato aos policiais militares, por volta das 18h, a equipe se deslocou para a rua Tucuruí, no bairro Vila Carli. No endereço, a jovem bastante nervosa, constrangida e em lágrimas, contou aos policiais que trabalha em uma empresa de piscinas.
Além disso, relatou que um homem de 48 anos, que é um dos donos de um restaurante ao lado da loja em que ela trabalha, se dirigiu até a porta da empresa enquanto a jovem atendia uma cliente e disse: “Eu não sou obrigado a juntar o lixo de vocês todos os dias”. Contudo, após essa fala com a intenção de depreciar a jovem em relação ao tom de pele, ela disse que ele continuou: “Você que tem essa cor, tem que ir lá e juntar”.
COMERCIANTE NEGOU
De acordo com a PM, a jovem sentiu a honra atingida, tanto com as palavras, quanto pelo gesto e tom de voz utilizados pelo homem. Enquanto a mesma recolhia o lixo, o comerciante observava da porta do restaurante. Após ouvir o relato da mulher, os policiais se dirigiram ao restaurante. Em contato com o comerciante, ele negou a injúria racial e confirmou apenas a irritação em relação ao lixo produzido pela empresa em que a jovem trabalha.
Conforme o homem, o lixo é depositado em um local, mas o vento ‘joga’ o lixo para a frente do restaurante dele. O dono do restaurante ainda afirmou que em nenhum momento utilizou termos se referindo ao tom de pele da jovem. No entanto, diante dos fatos, a polícia encaminhou as partes para a 14ª SDP. Uma testemunha disse estar no banheiro no momento dos fatos e ouviu a discussão. Na Delegacia de Polícia Civil, a vítima decidiu pela não representação criminal contra o denunciado.
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