22/08/2023
Guarapuava Segurança

Jovem que matou por engano é condenado a 16,6 anos de prisão

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Da Redação

Guarapuava – O Conselho de Sentença condenou Alex William Oliveira da Silva, o Girino, a 16, 6 anos de prisão em regime fechado, pela morte de Abimael Pereira de Paula, o Bima, 18 anos. O crime duplamente qualificado, e por engano, aconteceu no dia 30 de março de 2012, no bairro Xarquinho, em Guarapuava.

O julgamento do réu aconteceu na última quarta (05), na sala do Tribunal do Júri, e foi presidido pela juíza Helênika Valente de Souza Pinto, atuando na acusação o promotor Claudio Cortesia e na defesa o advogado Sergio Hessel Lopes.

Este foi o segundo julgamento de Girino, uma vez que o Ministério Público recorreu junto ao Tribunal de Justiça do Paraná pedindo a anulação do primeiro júri que teve resultado favorável à absolvição do réu. O MP entendeu que essa decisão foi contrária às provas apresentadas no processo.

RELEMBRE O CASO

Era por volta das 22h45 do dia 30 de março de 2012 quando Bima caminhava nas proximidades do Colégio Dulce Maschio, no bairro Xarquinho, e foi alvejado por três tiros, que o atingiram no pescoço, testa e um dos braços, conforme Laudo de Necropsia, de fls. 55/57 e Certidão de Óbito de fl. 13.

Os disparos foram efetuados por Girino e acertaram o alvo errado. As investigações indicaram que o denunciado Alex Willian Oliveira da Silva, juntamente com o adolescente Lucas A. S. pretendiam matar uma pessoa de apelido `Biba', e por erro sobre a pessoa vieram a executar e tirar a vida da vítima ‘Bima'." (fls. 03/04) AC 1.266.481-2 3.

No entendimento do MP, o denunciado Alex Willian Oliveira da Silva, agiu por motivo fútil, em razão de desentendimentos anteriores, de menos importância, relacionados com brigas e disputas entre gangues.

Girino já está preso por latrocínio contra a vítima Calis Ireno, cometido no dia 22 de fevereiro de 2012, condenado a 20 anos de prisão.

Para o promotor Claudio Cortesia, o resultado do Conselho de Sentença demonstrou que a Justiça não quer uma Guarapuava violenta e, muito menos, pactua com a existência de gangues. “Os cidadãos podem confiar em suas autoridades [policiais, juízes e promotores] que a punição perante atos criminosos acontecem".

Cristina Esteche

Jornalista

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