Embora a defesa do ex-governador Beto Richa (PSDB) tenha pedido a sua transferência para uma unidade de custódia, o ex-governador do Paraná continuará no Complexo Penal, em Pinhais. A penitenciária é conhecida por ter como um dos internos o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha e outros envolvidos na Operação Lava Jato. O presídio é destinado principalmente a detentos que necessitam de tratamento médico devido a ferimentos, doenças ou problemas psiquiátricos, mas também acolhe presos comuns, como policiais que praticaram crimes e condenados com curso superior.
A defesa de Richa queria que ele fosse levado para uma sala de Estado Maior, condizente com o cargo que ocupou durante oito anos. Entretanto, o juiz Rubens dos Santos Junior limitou-se a responder apenas que não atenderia a solicitação. Outras duas pessoas ligadas ao ex-governador também estão presas no mesmo local: o ex-secretário Ezequias Rodrigues e o empresário Jorge Atherino.
Segundo os advogados de Richa, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, está preso na Superintendência da Polícia Federal na capital paranaense. “Por motivos similares, [o então juiz federal] Sergio Moro determinou que Lula fosse recolhido em estabelecimento condizente como cargo que ocupou”, argumenta.
Outro precedente citado pela defesa de Richa é que em outra prisão, o ex-governador foi preso provisoriamente e levado para o Regimento de Polícia Montada, no bairro Tarumã, em Curitiba. Essa prisão foi na Operação Rádio Patrulha que investiga desvio de recursos na agricultura.