A um dia de completar dois anos das mortes de Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida, o processo criminal contra o ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho tem novos desdobramentos.
A Procuradoria Geral de Justiça vai estudar o recurso da defesa que tenta reverter a decisão do juiz da 2ª Vara do Júri de Curitiba, Daniel Surdi de Avelar. A tentativa é para que o Carli Filho não seja levado a júri popular. O ex- deputado está sendo acusado por duplo homicídio com dolo eventual, ou seja, por ter assumido o risco de produzir o resultado. Pesa sobre Carli Filho o agravante do dolo ter sido considerado de forma qualificada (quando a vítima não tem chance de defesa). O acidente provocado pelo réu aconteceu na madrugada de 7 de maio de 2009 em Curitiba. Carli Filho dirigia bêbado, em alta velocidade e com a carteira de habilitação suspensa pelo excesso de multas.
A defesa do ex-deputado também pediu que o Passat envolvido no acidente seja devolvido à Família Carli, mas a solicitação já foi negada.
De acordo com informações do criminalista Elias Mattar Assad, que representa a Família Yared e é assistente de acusação do Ministério Público a Procuradoria tem cinco dias para emitir um parecer sobre o caso. Depois, o relator do processo, Naor de Macedo Neto, integrante da Primeira Câmara Criminal, vai pedir um dia para o julgamento do recurso interposto pela defesa de Carli Filho. A expectativa do advogado é que essa decisão saia dentro de 30 dias.