O julgamento de Felipe Leão Caldas, acusado de assassinar a cabeleireira Terezinha Alves Portella Pires, será na próxima terça (18). O caso, que chocou Guarapuava em setembro de 2023, será analisado pelo Tribunal do Júri como feminicídio, e os familiares vivem a expectativa pela condenação. Esse momento, de acordo com a filha de Terezinha, Ana Fernanda Pires, não se trata apenas de uma busca por justiça.
É uma tentativa de dar algum significado a essa dor que sentimos todos os dias. É sobre honrar a memória de uma mulher que deu tanto de si mesma e que teve sua vida interrompida de maneira tão brutal e injustificável.
RELEMBRE O CASO
Era tarde de sábado. Ana Fernanda Pires, de 23 anos, chegou na casa da mãe, no bairro Vila Bela, em Guarapuava. Chamou por Terezinha diversas vezes, mas não teve respostas. Procurou pela casa e, quando chegou no quarto, encontrou a mãe caída entre a cama e o guarda-roupas, com cinco perfurações abaixo do seio esquerdo.
Na noite do mesmo dia, a Polícia Militar prendeu o principal suspeito, Felipe Leão Caldas, namorado de Terezinha há seis meses. Ele estava dentro do carro da vítima, em frente a um bar, no bairro Primavera. Durante a abordagem, os agentes encontraram uma faca suja de sangue e o celular da mulher.
Durante depoimento, Felipe Leão Caldas confessou o crime, afirmando que, após uma discussão, aplicou um “mata-leão” em Terezinha. No entanto, ele disse que estava alcoolizado e não se lembrava dos momentos seguintes.

Felipe Leão Caldas confessou o crime. Terezinha acabou morta com cinco facadas (Foto: Reprodução/Redes Sociais)
A Polícia Civil indiciou Felipe pelo crime de feminicídio, e o Ministério Público apresentou a denúncia à Justiça. Agora, a família espera que o julgamento traga a punição esperada para o acusado. Conforme Ana Fernanda, desde tudo o que aconteceu, a família vive uma mistura de sentimentos.
A dor e a revolta que sentimos pela falta da minha mãe não têm como explicar, a saudade só aumenta a cada dia que passa. É muito difícil encontrar forças para seguir sem ela. Ficou um vazio na nossa família.
Para a família, a mãe era a fonte de amor, carinho e apoio, além de uma mulher generosa, sempre disposta a ajudar aqueles que amava. Segundo Ana, Terezinha cuidava da mãe, hoje falecida, e estava sempre com um sorriso no rosto e o coração aberto para auxiliar os outros. Ana ressaltou que a ausência da mãe é profundamente sentida por todos que a conheceram e que não há palavras que expressem a saudade deixada.
Nós, da família, esperamos que o monstro que fez essa crueldade pague pelo que fez, que a justiça seja feita.
O Portal RSN tenta contato com a defesa de Felipe.
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