Após seis anos da morte trágica do jovem Jorge Leuch Neto, a família espera a condenação de Alessandra de Abreu Vaz. Ela dirigia o carro que bateu contra o veículo conduzido por Neto. Alessandra senta no bancos dos réus a partir das 9h desta terça (27), no Tribunal do Júri em Guarapuava. Nesse dia, oito testemunhas de acusação intimadas pelo Ministério Público (MP) e pelo Juízo, e cinco de defesa contribuem para a decisão do Conselho de Sentença.
De acordo com a 1ª Vara Criminal, a juíza Susan Nataly Dayse Perez da Silva preside o julgamento. O MP será representado pela promotora Vilma Leiko Kato e o criminalista Marinaldo Rattes atua como assistente de acusação. Era a madrugada de 12 de fevereiro de 2017, por volta das 4h37, na rua Brigadeiro Rocha, Centro de Guarapuava.
Conforme os autos, Alessandra dirigia em alta velocidade e ultrapassou com o sinal de vermelho. Assim sendo, pelo laudo pericial, o velocímetro apontou mais de 130km/h. Além disso, em tese, ela estaria alcoolizada. Neto morreu na hora. A morte do jovem causou grande comoção pública e até os dias de hoje ele é lembrado pelas obras sociais na Igreja D. Bosco.
Campanha de arrecadação, torneios de futebol, celebrações religiosas marcam o período, após a morte dele. De acordo com os pais Marlene e Jorge Leuch em entrevista ao Portal RSN, a expectativa é que Alessandra seja condenada e cumpra pena em regime fechado.
Não se trata de vingança, mesmo porque a prisão não vai devolver o nosso filho. Só queremos que a Justiça feita para evitar que outros pais sintam a dor que estamos sentindo e que vai durar pelo resto das nossas vidas. A mãe dela [Alessandra] pode chegar na cadeia e levar a filha dela pra casa. O meu filho nunca mais vamos levá-lo pra casa. A nossa condenação é eterna.
De acordo com dona Marlene, no dia da tragédia, ela e o esposo encontravam-se na praia. “Minha cunhada ligou dizendo que devíamos voltar pra Guarapuava. Disse que o Neto tinha sofrido um acidente. O Jorge ficava no celular, mas ninguém falava nada”.
Já perto de Guarapuava, Marlene acessou o WhatsApp e começou a receber mensagens de condolências. “Chegamos em casa perto das 11h e já tinha muitos parentes nos esperando. Foi o pior dia das nossas vidas”. O Portal RSN tentou contato com a defesa de Alessandra, mas até o momento não obteve retorno.
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