Luís Felipe Manvailer, acusado pelo feminicídio da advogada guarapuavana Tatiane Spitzner, ocorrido em 22 de julho, no centro de Guarapuava, será ouvido pela juíza Paola Mancini, às 14h30 do dia 21 de março. A decisão foi manifestada nessa quarta feira (30). O despacho da juíza foi divulgado cinco dias após as audiências ocorridas em Curitiba, quando quatro testemunhas de defesa falaram sobre o caso.
De acordo com os advogados de defesa do réu, em nota enviada ao Portal RSN, “o interrogatório de Luís Felipe Manvailer é um ato normal dentro do processo e que será realizado seguindo as normas vigentes”.
O CASO
Luís Felipe Manvailer está preso na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) há seis meses e 10 dias. Semanas após a morte de Tatiane, ele foi denunciado pelos crimes de homicídio qualificado, fraude processual, cárcere privado e por causar intenso sofrimento físico e psíquico na vítima.
Imagens divulgadas pelo Ministério Público (MP), mostraram que Manvailer agrediu Tatiane progressivamente, por cerca de 20 minutos na noite de sua morte. Após discussões dentro do apartamento, imagens do circuito externo do prédio mostraram Tatiane caindo da sacada do quarto andar. O ex-marido recolheu o corpo da vítima, trancou a advogada no apartamento, trocou de roupa, limpou as marcas de sangue no elevador e fugiu com o carro do casal. Ele foi preso pela Polícia Civil no mesmo dia, em São Miguel do Iguaçu, região Oeste do Estado.
À polícia, Manvailer declarou que Tatiane teria se jogado da sacada. Durante as investigações, exames do Instituto Médico Legal (IML), no entanto, apontaram que a advogada morreu por asfixia mecânica, antes de sofrer a queda.