Reserva do Iguaçu – A Justiça Eleitoral da Comarca de Pinhão julgou improcedente a ação apresentada pela Coligação A Hora e a Vez do Povo, liderada por Juca Farah, contra o prefeito reeleito de Reserva do Iguaçu, Sebastião Almir Caldas de Campos(foto). A ação tinha como foco a acusação de suposta compra de votos durante a campanha eleitoral de 2008. A decisão judicial aconteceu no último dia 8.
O processo foi concluído depois de serem ouvidas onze testemunhas, e foi julgado improcedente devido a falta de provas. Na decisão, acompanhada pelo parecer do Ministério Público, a Justiça Eleitoral entendeu que não ficou comprovada a compra de votos denunciada pela coligação de Juca Farah, inclusive foi clara em reconhecer as contradições nos depoimentos das testemunhas, explicou o advogado de defesa, Carlos Alessandro Machado.
O advogado disse estar satisfeito com o resultado do processo. Acredito plenamente na Justiça, mas, infelizmente temos que reconhecer que ainda existem alguns humildes, influenciáveis conscritos nos guetos da manipulação política de cidades pequenas como Reserva do Iguaçu, que em nome de outros, se aventuram em empreitada judicial temerosa, e acabam se confrontando com a pesada mão da justiça. Justiça esta que, por vezes tida como cega, tem e com fé sempre terá, uma visão límpida e nítida da verdade, conseguindo reconhecer de pronto a dissimulação, o ardil e a malícia, declarou Machado.
A representante da Coligação Reserva do Iguaçu no Caminho Certo, Jumara Dalagnol, informou que esta não foi a primeira nem a única tentativa da Coligação A Hora e a Vez do Povo de afastar o prefeito Sebastião Campos da eleição. Tão logo teve início o período eleitoral, foram registradas várias ações e representações contra Sebastião Campos. Foram 17 representações eleitorais interpostas por Juca e sua Coligação, pautadas por falsas afirmações, e que foram julgadas improcedentes. Houve também pedidos de direito de resposta, pedidos de providência, termo circunstanciado de infração penal, totalizando mais de 30 procedimentos eleitorais, disse a representante.
Em contraponto, a Coligação Reserva do Iguaçu no Caminho Certo, que reelegeu o prefeito Sebastião Campos, apresentou quatro ações contra o adversário, sendo que em uma delas, visava a cassação do registro da candidatura do vice do então candidato Juca Farah, José Antonio Moraes, (Zé Moraes), por fraude da convenção partidária. O pedido foi acolhido e julgado procedente pela Justiça Eleitoral e confirmado pelo TER-PR, e que consequentemente, afastou do pleito o então candidato à vice.
A representante da Coligação disse ainda que no decorrer do processo ficou evidente que as testemunhas foram influenciadas pelo autor da ação, Elias Farah Junior, que tentou simular a ocorrência de fatos inverídicos, com objetivo exclusivo de prejudicar o prefeito Sebastião Campos. É difícil acreditar que quatro pessoas de comum acordo, sob nenhuma influência ou auxílio, decidiram se deslocar até Guarapuava, a 100 quilômetros de Reserva do Iguaçu, para irem num cartório de títulos e documentos confessar a prática de um crime que eles próprios teriam praticado, e que seria a venda de seus votos. Inacreditável que denunciariam a si próprios, afirma Jumara Dalagnol.
Para ela, as atitudes da Coligação A Hora e a Vez do Povo, demonstram o desespero por estarem inconformados com a derrota nas urnas. Convencer pessoas diretamente ligadas ao seu comitê e até mesmo parentes de candidatos, para mentir perante a juíza e promotora, mostra o desespero para tentar infiltrar um sentimento de desconfiança na pessoa do prefeito.
O prefeito Sebastião Campos disse que ficou satisfeito com o desfecho, mas que se sente triste por algumas pessoas sustentarem uma ânsia de poder tão grande que ultrapassam o limite da moral e da ética. Queremos trabalhar em prol do desenvolvimento do município, pautados em pilares como a moralidade e o respeito ao ser humano. Tenho certeza que não serão poucos os obstáculos que virão pelo caminho, mas isso não nos impedirá de buscar melhorias para o nosso povo, conclui (Fatos do Iguaçu)
Política
Justiça Eleitoral julga improcedente ação contra Sebastião Campos
- Por Cristina Esteche
- 29/06/2009