22/08/2023

Kundun encerra o ano com dois prêmios nacionais

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A Companhia de Música e Dança Afro Kundun Balê encerrou as atividades de 2010 com um encontro de avaliação, seguido por coquetel, na tarde desta sábado, no Barracão Cultural, no Quilombo Paiol de Telha.

Durante o ano de 2010 o Kundun conseguiu projeção nacional  com a conquista de dois prêmios: o I Prêmio Nacional de Expressões Culturais Afrobrasileiras, concedido pelo Ministério da Cultura em parceria com a Fundação Palmares e com o Centro de Apoio ao  Desenvolvimento (CADON), patrocinado pela Petrobras, e o Prêmio Cultura Viva (que dá direito ao Selo Cultura Viva) também concedido pelo Ministério da Cultura com patrocínio da Petrobras.

"O Kundu hojé é realidade nacional e vamos entrar o próximo ano no eixo Rio x Bahia. No Carnaval estaremos levando o som afro do Paraná para Salvador numa parceria com  o Ilê Axé Abassá de Ogum", anuncia Orlando Silva, coordenador da Companhia. "Já iniciamos uma parceria com o grupo Ginga Total de Curitiba e vamos levar a nossa metodologia de ensino para a favela do Parolin. Também já iniciamos um intercâmbio com o Grupo Nós do Morro da Favela do Vidigal no Rio de Janeiro e já temos compromissos agendados até novembro do ano que vem", comemora.

O encontro serviu para fazer uma avaliação das conquistas do Kundun em 2010 e das atividades desenvolvidas no sub programa Diálogos Culturais (Universidade sem Fronteiras), proposto pela Fundação Rureco em parceria com o Instituto Afrobrasileiro Belmiro de Miranda.

No trabalho do Diálogos Culturais o Kundun motivou a comunidade quilombola a recuperar costumes e festas antigas.

"O ponto alto para mim foi a Mesada de Anjos por envolver a comunidade de forma espontânea", afirmou a assistente social Vandereleia Kokurudza. 

"O trabalho atingiu os seus  onjetivos nesses dois anos, principalmente, por viabilizar que nossos acadêmicos pudessem continuar estudando", disse Ana Kinilê Alves da Cruz, orientadora do projeto.

"Se não fosse a bolsa que recebi do projeto não poderia estar na faculdade", afirmou Viviane Odara Ribeiro.

O trabalho deixa um calendário fixo de festas populares: Festa de Iemanjá, Festa Junina em homenagem a São João, Mesada de Anjos, a Festa da Virada no terreiro de dona Jaíra, Festa de Elegbará, Festa de Iansã; o esboço de um livro com receitas típicas da comunidade; a história das plantas medicinais utilizadas pelos mais antigos; o esboço de um livro sobre o Bolongo -O Fogo da Sabedori, metodologia educacional que rege o Kundun; documentários.

"Agora vamos buscar a continuidade desse trabalho por meio de outros projetos", anuncia Orlando Silva, coordenador do trabalho.

Cristina Esteche

Jornalista

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