Kundun se prepara para a Festa do Katurê Mautu- A Noite do Axé

Um projeto que começou no início do ano e dá continuidade ao Bolongo – O Fogo da Sabedoria, trabalho que é a base da Companhia de Música e Dança Afro Kundun Balê – Quilombo Paiol de Telha, terá o seu ápice no dia 24 de setembro de 2011, dia em que se comemora os cinco anos de sucesso da companhia quilombola.

Numa analogia com ritual nigeriano de iniciação, o Bolongo envolve os integrantes e suas famílias em missões que visam despertar a cidadania, a autoestima, tendo como base o conhecimento e a luta pelos direitos civis.

Desenvolvida há quase cinco ano o projeto, na atual fase, encontra-se no chamado Bolongo da Maturidade. "Os nossos principais objetivos eram, por meio do conhecimento, despertar a cidadania na comunidade, passando inicialmente pela auto-estima. O restante foi uma consequência. Hoje temos uma historiadora (Isabela Anaxilê Camrgo da Cruz), outra bailarina em fase de conclusão do curso de educação física (Michele Dandara Ribeiro), e outras pessoas que deixaram o Kundun para seguir outros caminhos, incluindo o acadêmico", observa Orlando Silva, idealizador e coordenador de todo o trabalho. O Kundun é premiado nacionalmente, duas vezes, pelo Ministério da Cultura.

De acordo com Silva, a fase agora é a da responsabilidade. "Todas as missões que o Kundun está cumprindo nesta etapa mostra as responsabilidade coletivas. Uma dessas atividade é a preparação da comunidade para a Noite do Katurê Mautu", diz.

Plantio de árvores e de flores com mudas cedidas pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente está sendo executado no quilombo. "Distribuímos mudas para as famílias que nos solicitaram e pela manhã, enste final de semana, o Kundun planta no entorno do barracão cultural. À tarde dedicamos para ensaios, pois temos compromissos em outros municípios, para a organização da festa e para a montagem do novo show", diz.

KATURÊ MAUTU

A festa do Katurê Mautu é uma analogia com um evento africano quando as rtibos de reúnem para extravazar a energia negativa ao som dos tambores africanos. Compartilhando alimento e bebida a festa só acaba quando o último guerreiro cair de tanto dançar.

"Vamos usar dessa mesma estratégia para extravazar o estresse acumulado e estamos convidando todas as pessoas para que compartilhem dessa terapia", diz Ana Maria Alves da Cruz Oliveira, presidente do Insttituo Afrobrasileiro Belmiro de Miranda, mantenedor do Kundun.

Será no dia 24 de setembro de 2011 no quilombo Paiol de Telha, na Colônia Socorro, em Guarapuava. Haverá área para camping. A entrada é de graça.

Informações pelos telefone 42-3626 4157 – 9131 1688 – 9113 4327.